11/07/2012

A um ano da JMJ, o Exercicío do Discipulado


O mês de julho marca exatamente um ano antes do início da Jornada Mundial da Juventude, que pela primeira vez será realizada no Brasil, na turística cidade do Rio de Janeiro, onde são esperados mais de quatro milhões de jovens vindos de todo o mundo.

Esse, que é um dos maiores eventos católicos existentes, percorre o mundo desde o ano de 1986, mobilizando milhões de jovens de todo o planeta e disseminando a mensagem de Cristo por onde passa.

A JMJ mostra-se como um momento ímpar de novas vivências, propiciando experiências marcantes na vida dos participantes, que em comunhão com toda a Igreja celebram a vida em contato com o Santo Padre.

O lema da próxima Jornada Mundial da Juventude, “Ide e fazei discípulos em todas as nações”, aponta como um importante chamado de Cristo e, portanto, torna-se missão da igreja, povo de Deus e, logo, nosso dever de batizados.

Para que isso ocorra, já existem muitas pessoas dedicando seu tempo e sua vida, empenhando-se para que o evento aconteça, pois um acontecimento de proporções mundiais requer, no mínimo, um planejamento e uma logística à altura. Diz-se, a título de curiosidade, que esse evento promete atrair mais pessoas para a cidade do Rio em 2013 do que a copa do mundo de futebol, em 2014, e os jogos olímpicos de 2016.

Ainda assim, é fato que por mais grandiosa e numerosa que uma Jornada possa ser, atingirá uma parcela ínfima da juventude católica, reduzindo proporcionalmente esse número se considerarmos como horizonte, toda a juventude, brasileira e mundial.

Diante dessa realidade, nos cabe relembrar o mandato de Cristo a nós, povo de Deus: “Ide e fazei discípulos em todas as nações”. Faz-se necessário destacar aqui o papel do discípulo, do homem missionário, que deve carregar a boa nova da esperança e da vida plena a todos, assumindo essa missão como opção de vida e não convenção momentânea. Tal opção requer vivência no chão das comunidades, com os pés fincados na terra das dores e das alegrias que a dinâmica da vida nos apresenta, é preciso que o discípulo sente-se à mesa e coma do mesmo pão dos irmãos.

É preciso também estar em estado permanente de missão, atento aos sinais dos tempos, sem negá-los, escondendo-se atrás de nossas sacristias, nos nossos grupos de conforto.

Cristo chama à vida plena, chama à dignidade, chama ao amor aos pobres e excluídos e chama à um discipulado carregado de coragem de ir ao encontro dos necessitados e com eles caminhar rumo à plenitude da vida.

A um ano da JMJ, jornada que a juventude deve tomar posse, é momento de refletir o nosso discipulado, permanente e visível no chão de nossas comunidades, é momento de dizer sim à opção pela vida, de forma concreta e efetiva, tendo Jesus e seu projeto como rocha que nos sustenta e nos mantém firmes diante das ventanias da vida.

Que Deus permita que a Jornada Mundial da Juventude seja processo de conversão para o verdadeiro amor e nos impulsione a sermos cada vez mais Igreja anunciadora desse amor.
Davi Rodrigues da Silva

02/07/2012

26ª Escola da Juventude – Que vida vale a pena ser vivida?

26ª Escola da Juventude – Que vida vale a pena ser vivida?

Falar em Escola da Juventude é muito mais do que discorrer sobre alguns dias em que a gurizada da PJ se encontra.  É falar de formação, de experiências de fé e de partilhas de vida.
Após o jubileu de prata das Escolas da Juventude, somos desafiados, neste ano, a fazer da 26ª Escola um momento de Pós-Missão, principalmente aos pejoteiros que iniciaram a caminhada e que ainda não participaram desse encontro em edições anteriores. A 25ª Escola foi um belo momento de comemorarmos a história das escolas e com elas a memória de tantos que fazem parte desta história da PJ. Queremos continuar o protagonismo dessa caminhada e refletir: “Que vida vale a pena ser vivida?”.
Existem muitos apelos às juventudes de hoje. Ao assistirmos televisão, ao ouvirmos rádio, ao acessarmos a internet somos bombardeados com informações, com propagandas, com algumas histórias pitorescas e muitas outras revoltantes. Os comentários nas ruas e o próprio diálogo das pessoas que vivem conosco nos induzem a seguir alguns padrões de vida e de moral. Esta mistura de situações de vida e de morte nos faz pensar, afinal: ‘Que mundo é esse?’.  
“Quero a utopia, quero tudo e mais...” diz a canção de Milton Nascimento. É preciso sonhar e construir o nosso ‘Eu’ com base no que de fato acreditamos e queremos. É preciso perceber a história pessoal de cada um (a) no mundo, para construirmos uma identidade de seres humanos únicos, que possuem muitos anseios e também muitas dúvidas, mas que nunca deixam de buscar, de sonhar. Queremos viver em nossa integralidade a dança da alegria de ser jovem, que se expressa pela voz, pelo olhar, pelo toque – por todo o corpo.
Para nos ajudar nessa missão teremos um belo projeto a ser estudado e reconstruído diante das nossas realidades e lutas: o Projeto de Jesus Cristo que em seu tempo e para o seu povo defendeu a Vida Nova. Nos traços da vida do jovem de Nazaré poderemos identificar princípios políticos e inspiradores para enfrentarmos os desafios das lutas. E é o sonho de ‘um outro mundo possível’ que nos impulsiona à luta, para o trabalho pastoral.
Além de nos encontrarmos como pessoa e nos percebermos em um espaço, queremos descobrir as belezas de se viver em grupo. A partir disso, nos compreendermos como Pastoral da Juventude na vivência de grupos de base, através do nosso dinamismo e jeito de ser e fazer Igreja. “Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter” (Engenheiros do Hawaii) é um slogan que pode nos inspirar nessas descobertas.
Ao descobrirmo-nos nos tornamos “estrelas em noite escura” e conseguimos revelar em nós mesmos as experiências de fé. Pela espiritualidade e mística que vivemos nos alimentamos e animamos na caminhada de sermos irmãos. As orações tendem a proporcionar esses momentos de reflexão e de encontro pessoal com o Deus da Vida. A Palavra de Deus e a partilha do pão nos unem pelo compromisso com o cuidado da vida de nossa juventude, que tem vida a oferecer e sonhos para realizar.
Quando parece que já nos conhecemos por inteiro nos damos conta de que em nosso peito pulsa um coração ansioso por se entregar ao compasso de outro coração. É a necessidade de encontrarmos nas relações com os outros, amigos e amores, as características que nos completam. O encontro com o outro dá sentido à nossa existência, pois: “Tu te tornas eternamente responsável por quem cativas”. Eis o desafio de estarmos perto numa sociedade que afasta os iguais e os diferentes.
Também festejamos a alegria de sermos protagonistas do sonho do Reino de Deus e chamamos nossos amigos a entrar na roda e dançar, cantar com a gente por uma vida nova, onde todos são importantes na construção do Reino. Pois a felicidade do jovem está no grupo, na brincadeira saudável, no fortalecimento das amizades, nas partilhas de vida.
Enfim, queremos renovar o compromisso missionário de que “A vida da juventude é missão de todos nós” e afirmar a Defesa da Vida pela Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. Repensemos: o que queremos para a nossa vida? Que vida vale a pena ser vivida?
Venha sonhar junto, venha refletir: participe da 26ª Escola da Juventude!

Fabiane Feltes com colaboração de Raíssa Copelli e Daniel Feltes.