11/07/2012

A um ano da JMJ, o Exercicío do Discipulado


O mês de julho marca exatamente um ano antes do início da Jornada Mundial da Juventude, que pela primeira vez será realizada no Brasil, na turística cidade do Rio de Janeiro, onde são esperados mais de quatro milhões de jovens vindos de todo o mundo.

Esse, que é um dos maiores eventos católicos existentes, percorre o mundo desde o ano de 1986, mobilizando milhões de jovens de todo o planeta e disseminando a mensagem de Cristo por onde passa.

A JMJ mostra-se como um momento ímpar de novas vivências, propiciando experiências marcantes na vida dos participantes, que em comunhão com toda a Igreja celebram a vida em contato com o Santo Padre.

O lema da próxima Jornada Mundial da Juventude, “Ide e fazei discípulos em todas as nações”, aponta como um importante chamado de Cristo e, portanto, torna-se missão da igreja, povo de Deus e, logo, nosso dever de batizados.

Para que isso ocorra, já existem muitas pessoas dedicando seu tempo e sua vida, empenhando-se para que o evento aconteça, pois um acontecimento de proporções mundiais requer, no mínimo, um planejamento e uma logística à altura. Diz-se, a título de curiosidade, que esse evento promete atrair mais pessoas para a cidade do Rio em 2013 do que a copa do mundo de futebol, em 2014, e os jogos olímpicos de 2016.

Ainda assim, é fato que por mais grandiosa e numerosa que uma Jornada possa ser, atingirá uma parcela ínfima da juventude católica, reduzindo proporcionalmente esse número se considerarmos como horizonte, toda a juventude, brasileira e mundial.

Diante dessa realidade, nos cabe relembrar o mandato de Cristo a nós, povo de Deus: “Ide e fazei discípulos em todas as nações”. Faz-se necessário destacar aqui o papel do discípulo, do homem missionário, que deve carregar a boa nova da esperança e da vida plena a todos, assumindo essa missão como opção de vida e não convenção momentânea. Tal opção requer vivência no chão das comunidades, com os pés fincados na terra das dores e das alegrias que a dinâmica da vida nos apresenta, é preciso que o discípulo sente-se à mesa e coma do mesmo pão dos irmãos.

É preciso também estar em estado permanente de missão, atento aos sinais dos tempos, sem negá-los, escondendo-se atrás de nossas sacristias, nos nossos grupos de conforto.

Cristo chama à vida plena, chama à dignidade, chama ao amor aos pobres e excluídos e chama à um discipulado carregado de coragem de ir ao encontro dos necessitados e com eles caminhar rumo à plenitude da vida.

A um ano da JMJ, jornada que a juventude deve tomar posse, é momento de refletir o nosso discipulado, permanente e visível no chão de nossas comunidades, é momento de dizer sim à opção pela vida, de forma concreta e efetiva, tendo Jesus e seu projeto como rocha que nos sustenta e nos mantém firmes diante das ventanias da vida.

Que Deus permita que a Jornada Mundial da Juventude seja processo de conversão para o verdadeiro amor e nos impulsione a sermos cada vez mais Igreja anunciadora desse amor.
Davi Rodrigues da Silva

02/07/2012

26ª Escola da Juventude – Que vida vale a pena ser vivida?

26ª Escola da Juventude – Que vida vale a pena ser vivida?

Falar em Escola da Juventude é muito mais do que discorrer sobre alguns dias em que a gurizada da PJ se encontra.  É falar de formação, de experiências de fé e de partilhas de vida.
Após o jubileu de prata das Escolas da Juventude, somos desafiados, neste ano, a fazer da 26ª Escola um momento de Pós-Missão, principalmente aos pejoteiros que iniciaram a caminhada e que ainda não participaram desse encontro em edições anteriores. A 25ª Escola foi um belo momento de comemorarmos a história das escolas e com elas a memória de tantos que fazem parte desta história da PJ. Queremos continuar o protagonismo dessa caminhada e refletir: “Que vida vale a pena ser vivida?”.
Existem muitos apelos às juventudes de hoje. Ao assistirmos televisão, ao ouvirmos rádio, ao acessarmos a internet somos bombardeados com informações, com propagandas, com algumas histórias pitorescas e muitas outras revoltantes. Os comentários nas ruas e o próprio diálogo das pessoas que vivem conosco nos induzem a seguir alguns padrões de vida e de moral. Esta mistura de situações de vida e de morte nos faz pensar, afinal: ‘Que mundo é esse?’.  
“Quero a utopia, quero tudo e mais...” diz a canção de Milton Nascimento. É preciso sonhar e construir o nosso ‘Eu’ com base no que de fato acreditamos e queremos. É preciso perceber a história pessoal de cada um (a) no mundo, para construirmos uma identidade de seres humanos únicos, que possuem muitos anseios e também muitas dúvidas, mas que nunca deixam de buscar, de sonhar. Queremos viver em nossa integralidade a dança da alegria de ser jovem, que se expressa pela voz, pelo olhar, pelo toque – por todo o corpo.
Para nos ajudar nessa missão teremos um belo projeto a ser estudado e reconstruído diante das nossas realidades e lutas: o Projeto de Jesus Cristo que em seu tempo e para o seu povo defendeu a Vida Nova. Nos traços da vida do jovem de Nazaré poderemos identificar princípios políticos e inspiradores para enfrentarmos os desafios das lutas. E é o sonho de ‘um outro mundo possível’ que nos impulsiona à luta, para o trabalho pastoral.
Além de nos encontrarmos como pessoa e nos percebermos em um espaço, queremos descobrir as belezas de se viver em grupo. A partir disso, nos compreendermos como Pastoral da Juventude na vivência de grupos de base, através do nosso dinamismo e jeito de ser e fazer Igreja. “Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter” (Engenheiros do Hawaii) é um slogan que pode nos inspirar nessas descobertas.
Ao descobrirmo-nos nos tornamos “estrelas em noite escura” e conseguimos revelar em nós mesmos as experiências de fé. Pela espiritualidade e mística que vivemos nos alimentamos e animamos na caminhada de sermos irmãos. As orações tendem a proporcionar esses momentos de reflexão e de encontro pessoal com o Deus da Vida. A Palavra de Deus e a partilha do pão nos unem pelo compromisso com o cuidado da vida de nossa juventude, que tem vida a oferecer e sonhos para realizar.
Quando parece que já nos conhecemos por inteiro nos damos conta de que em nosso peito pulsa um coração ansioso por se entregar ao compasso de outro coração. É a necessidade de encontrarmos nas relações com os outros, amigos e amores, as características que nos completam. O encontro com o outro dá sentido à nossa existência, pois: “Tu te tornas eternamente responsável por quem cativas”. Eis o desafio de estarmos perto numa sociedade que afasta os iguais e os diferentes.
Também festejamos a alegria de sermos protagonistas do sonho do Reino de Deus e chamamos nossos amigos a entrar na roda e dançar, cantar com a gente por uma vida nova, onde todos são importantes na construção do Reino. Pois a felicidade do jovem está no grupo, na brincadeira saudável, no fortalecimento das amizades, nas partilhas de vida.
Enfim, queremos renovar o compromisso missionário de que “A vida da juventude é missão de todos nós” e afirmar a Defesa da Vida pela Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. Repensemos: o que queremos para a nossa vida? Que vida vale a pena ser vivida?
Venha sonhar junto, venha refletir: participe da 26ª Escola da Juventude!

Fabiane Feltes com colaboração de Raíssa Copelli e Daniel Feltes.

28/06/2012

Grupo de Jovens - DENRAV



Olá amigos leitores e Pjoteiros, estou aqui para contar-lhes um pouco sobre o grupo- Denrav -”Deus nossa razão de viver” da comunidade de Santo Antônio do Planalto, como o grupo começou e porquê ele vem crescendo e se fortalecendo cada vez mais.

A PJ entrou em nossas vidas a partir de uma preocupação nossa, para com os adolescentes daqui, e com o nosso futuro, já que nós tínhamos recebido o sacramento do Crisma mas não sabíamos como continuar ativos na nossa comunidade. A catequista do Crisma aqui de Santo Antônio comentou com o padre sobre o desejo de alguns adolescentes em querer fundar um grupo de jovens, e no dia 16 de dezembro de 2010 alguns jovens de Passo Fundo e Carazinho vieram aqui nos apresentar a proposta do PJ. Este foi o ponta-pé inicial, o apoio necessário para que decidíssemos que a partir daquele dia a PJ deveria fazer parte das nossas vidas.

De todos os jovens presentes naquele encontro, apenas três continuaram a comparecer aos posteriores encontros e agora, um ano depois, de três somos oito, uma vitória que conquistamos e que comprova que Deus continua Sim presente e ativo na vida de muitos jovens, e que esta chama do Espírito Santo que nos foi acendida no Crisma, cresceu e nos faz arder por dentro, fazendo com que a nossa vontade de lutar por um mundo mais justo e pela civilização do amor cresça cada vez mais.

Já haviam tido outros grupos aqui na nossa cidade, mas nenhum persistiu. O nome do grupo nos gerou muita “dor de cabeça”, foram várias sugestões, mas somente quando o grupo estava próximo de completar um ano, o batizamos.

O jeito Pjoteiro de viver e agir nos contagiou e continua contagiando mais jovens cada vez mais.

Aqui, contamos com o apoio dos nossos pais, participamos da nossa 1ª Missão Jovem em Carazinho e agora estamos nos preparando para as missões de Marau. Temos missas preparadas e planejadas pelos jovens do grupo e alguns dos jovens participam ativamente na comunidade fazendo parte da equipe de animação e liturgia.

Através do nosso testemunho, esperamos que mais jovens sejam contagiados pelo jeito PJ de ver o mundo e que os que já fazem parte dessa grande família não desistam e continuem a lutar pela civilização do amor, é como diz a música: “Solte o grito preso na garganta, somos Pastoral da Juventude, outro mundo é possível, vamos fazer.”

Abraços da amiga Pjoteira Andressa de Paula, e não esqueçam: ”Pra frente, pra frente linda juventude, você é a esperança do país.”

11/06/2012

Província Eclesiástica de Passo Fundo realiza formação para jovens multiplicadores da JMJ



A cidade de Passo Fundo recebeu durante esse fim de semana representantes das dioceses de Erexim, Vacaria e Frederico Westphalen, formadoras da Província Eclesiástica de Passo Fundo, para uma formação com jovens multiplicadores da Jornada Mundial da Juventude.O encontro, organizado e coordenado pelo Serviço de Evangelização da Juventude no estado do Rio Grande do Sul, é uma das maneiras de formar jovens que atuem como articuladores da JMJ nas dioceses ondem moram, participando e protagonizando as discussões, formações, reflexões e encontros que devem ocorrer até 23 de julho do próximo ano, data do início da Jornada no Rio de Janeiro.Pe. Neimar Schuster, assessor Regional do serviço de evangelização da juventude, explica que o momento “visa orientar os jovens coordenadores de suas dioceses de toda a programação em preparação a JMJ e, especialmente, propiciar uma experiência de setor juventude, através de convívio, partilha e contato com outras experiências juvenis de evangelização, para avançarmos nesse trabalho de comunhão”. Fortalecendo a evangelização jovem no norte do Rio Grande do Sul, os participantes do encontro vivenciaram momentos de descobertas, análise da realidade, auto conhecimento, conhecimento do outro e, principalmente, do contexto que marca a vida do jovem atualmente. A coordenadora do serviço de evangelização da juventude do Regional Sul 3, Ir. Zenilde Fontes reforça que um dos pontos positivos do encontro foi a “participação de todas as dioceses e a garantia de uma representação de diferentes carismas, o que possibilita ver a evangelização da juventude nas suas diversidades.” Ela acrescenta ainda que a experiência foi bastante significativa, pela participação, partilha e envolvimento de cada jovem. “É bastante esperançoso perceber o desejo de construir Igreja jovem em sintonia com os diferentes grupos que evangelizam a juventude”, comenta. Participando do encontro pela Arquidiocese de Passo Fundo, Daniele Deon Prasniski, de Casca, avalia: “a formação foi muito importante porque pudemos, além de aprender, aproveitar para crescer e nos conhecer melhor, demonstrando o quanto é importante o setor juventude e a nossa caminhada juntos, já que buscamos o mesmo ideal”. A formação esclareceu também os detalhes sobre a passagem dos símbolos da JMJ – Cruz Peregrina e Ícone de Nossa Senhora - pela região e pelo Estado, ocasiões onde serão realizados os “Bote Fé” nas dioceses e o “Bote Fé” Regional, em Santa Maria, dia 10 de novembro de 2012. Outro aspecto trabalhado no encontro foi a dimensão de que a Jornada Mundial da Juventude precisa ser encarada como um processo de evangelização antes, durante e depois do próprio evento, especialmente pelo acontecimento dos eventos pré-jornada, como a recepção dos símbolos e a acolhida de peregrinos durante a Semana Missionária. Participaram da formação cerca de 50 jovens, coordenadores de grupos de evangelização jovem das quatro dioceses da Província Eclesiástica, além de padres e irmãs que acompanham e orientam a juventude nesses locais e os assessores regionais, responsáveis por coordenar e organizar a JMJ no estado do Rio Grande do Sul.Por Victória Holzbach, Referencial da Comunicação da JMJ na Arquidiocese de Passo Fundo

05/06/2012

Juventude: Caminho Aberto!




O que vou ser? O que quero ser? Que utopias vou alimentar? Que decepções vou viver? Todas essas perguntas, e muitas mais, tocam na nossa vida de jovens, questionam nosso jeito de viver e nos fazem desacomodar. Fazem-nos pensar que temos sempre um caminho a percorrer, mas qual caminho se no mundo há muitos? 

Jesus nos convida a um único caminho, o do Reino de Deus. Esse caminho implica em protagonismo, em escolhas, mas acima de tudo em uma opção: pelos pobres. Pobres socialmente excluídos, pelos pobres que morrem de fome, pelos pobres que não tem o que vestir, pelos pobres que são presos injustamente. Não nos confundamos com os pobres da mídia, como a Veja, com os pobres dos corruptos, eles precisam também de nós sim, mas de outra maneira, diante deles precisamos ser profetas e denunciadores.

Seguir o Reino de Deus e seu Projeto é o caminho que temos de percorrer e não é se esconder nas capelas e orar o dia todo, seguir o Reino é trazê-lo à realidade, à prática, é a partir da ação do transformar o mundo num mundo mais igualitário e mais humano.

Ser jovem hoje é assumir a causa desse Reino, é abrir caminhos para o futuro através do presente e olhando para o passado. Ser jovem hoje é sonhar e fazer acontecer, é ser protagonista e amar a vida, é transformar a realidade, é compreender um Deus presente na nossa história e em nossa caminhada. Ser jovem é acreditar num mundo possível.
Cleber Pagliochi

29/05/2012

Pastoral da Juventude – Jeito Jovem de ser e viver





Escrever sobre a história da Pastoral da Juventude é recordar de tantos jovens que de uma maneira ou de outra ajudaram a escrever esta história. Algumas vezes marcada pelas dificuldades, outras vezes desenhadas com canetas coloridas da alegria, do dinamismo, do jeito jovem de fazer pastoral.

A história da PJ se confunde com a história da igreja e da sociedade, durante um bom período o jovem não foi ouvido, não foi respeitado. Na década de trinta com o surgimento da ação católica passos importantes para o crescimento do protagonismo juvenil foram dados. A ação católica geral fortaleceu-se quando começou a pensar em uma organização por meios ou ambientes de ação, dando inicio a ação católica especializada Juventude Operária Católica (JOC), Juventude Estudantil Católica (JEC), Juventude Universitária Católica (JUC), Juventude Agrária Católica (JAC) e Juventude Independente Católica (JIC). Com o regime militar muitos destes grupos acabaram sendo instintos, ou passando para uma linha mais política.

Durante o regime militar era proibido reunir-se em grupos, havia repressão, violência, tortura e silenciamento de todos, nos grupos da juventude não foi diferente, foi um período de medo e de calar-se, mas, não parar. Na igreja como um todo, começa a surgir as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), formando os pilares da Teologia da Libertação. A juventude impedida de se encontrar em meios específicos, forma grupos de encontros nas igrejas, surgindo movimentos como o Emaús, o CLJ, entre outros. Estes grupos eram coordenados por adultos, alguns destes adultos percebendo que era necessário um algo a mais, resolveram se encontrar em diversos momentos para refletir sobre isto.

Aqui no Rio Grande do Sul, na década de 70 inicia-se os congressos estaduais de jovens, foi um período de buscas e reflexões. Neste contexto no ano de 1980, fundou-se o Instituto de Pastoral de Juventude (IPJ) e o Curso de Assessores de Jovens (CAJO). Em 81, sente-se a necessidade de organizar-se uma Comissão Regional de Jovens (CRJ), nesta década surgem os jovens liberados em diversas dioceses. E as Pastorais da Juventude se organizam por meios específicos, PJE (Pastoral da Juventude Estudantil), PJR (Pastoral da Juventude Rural), PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular) e a PU (Pastoral Universitária). 

O ano de 1985 foi muito marcante, sendo declarado como ano internacional da juventude, realizou-se em Passo Fundo um grande encontrão de jovens, reunindo aproximadamente 45.000 jovens. Em 1992, a Campanha da Fraternidade trouxe como tema: Juventude, caminho aberto. De 1994 até 2006, de quatro em quatro anos aconteceram os encontros estaduais de Jovens, comemorando o Dia Nacional da Juventude. Estes encontros que aconteceram em Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Canoas, reuniram uma multidão de jovens de todo o estado do Rio Grande do Sul, com temas sobre a realidade social da juventude eram espaços de reunir-se e refletir sobre os problemas enfrentados pelos jovens. Quem participou de algum destes encontros guarda com carinho na memória cada experiência vivida.

Em nossa diocese não foi diferente, é importante recordar dos encontros diocesanos comemorando o DNJ, vários jovens reunidos, celebrando, cantando e vivendo o jeito jovem de ser igreja. Outro ponto significativo da história são os encontros de formação, destacando as Escolas da Juventude, os Cursos, atualmente as Missões Jovens e todo o seu processo de pré e pós-missão.

A Pastoral da Juventude durante toda esta caminhada percorreu um caminho de muitas pedras, mas também de muitas flores, quantos jovens que nestes eventos ou na organização de seus grupos fizeram e continuam fazendo esta história acontecer. Somos Pastoral da Juventude, acreditamos que outro mundo é possível, e em conjunto com aqueles que também acreditam podemos construí-lo a cada dia.






25/05/2012

Mensagem dos delegados do 8º Encontro da Pastoral Juvenil do Cone Sul

Mensagem dos delegados do 8º Encontro da Pastoral Juvenil do Cone Sul



Mensagem dos delegados do 8º Encontro da Pastoral Juvenil do Cone Sul
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda Criação." (Mc 16, 15)

Nós jovens e assessores da Pastoral Juvenil da Região Cone Sul da América Latina, compreendida pelos países Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, nos reunimos na comunidade Padre Hurtado, no Chile, no 8º Encontro Regional do Cone Sul para partilhar, refletir e concretizar o horizonte comum de nossa região.

Nestes dias de encontro, tivemos a experiência do amor fraternal que viveram os primeiros cristãos, com a convivência do encontro com Cristo presente em cada um de nós enquanto indivíduo e comunidade.

Podemos dizer com alegria, força e convicção, porque experimentamos a partilha de nossos dons, que entre nós não haviam necessitados (At 4, 34). Diante de nossas reflexões e vivências, queremos apresentar à sociedade, à nossa Igreja e aos Jovens do Cone Sul nossos sonhos e compromissos com uma vida plena para todos.


À Sociedade

Diante de uma realidade onde reina o individualismo, a apatia e que as estruturas da sociedade propõem um estilo de vida dominado pelo imediatismo e egoísmo, estamos comprometidos, a partir do encontro com Cristo, a transformar a nossa realidade com nosso discipulado missionário.

Muitas vezes somos julgados e julgamos a sociedade sem olhar o que se tem por dentro. Precisamos do apoio de toda a sociedade e propomos a cooperação mútua com ela, de modo a confiar em nós mesmos e nela.

Nós nos comprometemos a trabalhar em conjunto com todos para a transformação desta realidade de morte, que oprime e exclui grande parte da sociedade, tendo como ponto de partida e inspiração o Projeto de Jesus Cristo.


À Igreja

Como os jovens da Região Cone Sul, sonhamos ser protagonistas de uma transformação eclesial que responda aos sinais dos tempos e ao nosso horizonte comum, sendo este formar uma Pastoral Juvenil orgânica, integradora e atraente que promova o encontro pessoal e comunitário com Cristo.

Para fazer efetiva a opção preferencial pelos jovens, apresentada nas Conferências Episcopais Latino-Americanas de Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, necessitamos ser acompanhados com qualidade, em todas as nossas realidades juvenis e em nossa própria linguagem. Isso não será possível sem uma formação adequada do clero e dos acompanhantes das comunidades juvenis.

Nos comprometemos a motivar e incentivar os jovens que representamos para atuar, a partir deste sonho comum, em nossas paróquias, comunidades eclesiais de base, movimentos apostólicos e nos meios específicos (rural, estudantes, migrantes, indígenas, etc) e para transformar os nossos países com a luz do Evangelho, construindo a Civilização do Amor.


À Juventude

Diante de nossas limitações como Pastoral Juvenil, devemos superar essas barreiras e ir além, pondo força na mensagem que o evangelho nos propõe, saindo ao encontro dos outros e anunciando a Boa Nova de Jesus ressuscitado com um olhar esperançoso e positivo sobre a realidade que vivemos como jovens.

Conhecendo a realidade da juventude, que por vezes obriga-nos a migrar em busca de uma melhor qualidade de vida ou motivos de estudos, como Pastoral Juvenil, cremos no processo de acompanhamento como fonte para aumentar ou manter nossas forças no Senhor. Como jovens membros e protagonistas da Igreja e da sociedade, nos arriscamos a obter um espaço para a participação e reflexão sobre os processos de mudança dos quais fazemos parte.


Conclusão

Impulsionados pelo desejo de "ser o mundo no coração da Igreja e ser Igreja no coração do mundo" (Puebla, 786), queremos questionar e, por consequência, assumir estes compromissos com forma de confiança, contribuição e presença na sociedade e na Igreja.

Apesar de nossas fraquezas, nós acreditamos que Jesus Cristo, com quem nos encontramos de maneira pessoal e comunitária, e que nos acompanha sempre na juventude, será mestre, cabeça e condutor de nossos propósitos e de nosso caminhar.

Anunciamos a cada jovem de nossa região que isto é possível, no dia a dia, em nossos grupos e paróquias, e em todos os lugares onde Jesus Cristo se faz presente, reafirmando nosso compromisso de anunciá-lo pela Vida e pela Palavra a todos que aproximem de nós.

Encorajados pelo espírito missionário da Igreja na América Latina e Caribe e sob as bênçãos de Nossa Senhora de Guadalupe, concluímos deixando a todos, especialmente aos jovens, as palavras do Papa Bento XVI a nós jovens, em seu encontro conosco no Pacaembu, Brasil: "Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada”. Mantenhamos sempre o animo de ser esta face bela, feliz, protagonista e libertadora da Igreja e da sociedade.

Comunidade Padre Hurtado, Chile, 24 de maio de 2012.
Festa de Maria Auxiliadora.





24/05/2012

Jovem da PJ de Passo Fundo participa da1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social.

Jovem da PJ de Passo Fundo participa da1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social.
Ai daqueles que fazem decretos iníquos e daqueles que escrevem apressadamente sentenças de opressão,para negar a justiça ao fraco e fraudar o direito dos pobres do meu povo, para fazer das viúvas a sua presa e despojar os órfãos. O que farão vocês no dia do castigo, quando chegar a tempestade que vem de longe?”. Isaías 10:1-4


 
O povo brasileiro ao longo de toda sua história sofre com uma cultura corruptiva, da colonização portuguesa até a atualidade. Pode se dizer que o grande problema da política brasileira, dentre tantos, seja a corrupção. Vivemos em um sistema democrático – mais representativo que direto, porém ainda democrático – onde a população tem um desconhecido poder de controle, e também por ele uma grande acessibilidade para conferir os gastos da máquina pública. A 1ª Conferência sobre Transparência e Controle Social surge com esse intuito, de fomentar na sociedade civil essa cultura de controle e participação, incentivar e criar medidas quais todos os cidadãos brasileiros possam usufruir. A Consocial foi formada por todo um processo, convocada ainda pelo ex-presidente Lula, emdezembro de 2010,sendo sua organização iniciada em julho de 2011; no mês de fevereiro de 2012 ocorreram as etapas municipais, em março as estaduais e, durante os dias 18, 19 e 20 de maio, a nacional, em Brasília. Nela a sociedade civil, membros de conselhos públicos e o poder público desenvolveram propostas dividas em quatro eixos: “1 – Promoção da transparência pública e acesso à informação e dados públicos; 2 – Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública; 3 – A atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle; 4 – Diretrizes para a prevenção e o combate à corrupção”. Em cada etapa escolhiam-se um determinado número de propostas para que fossem discutidas nas etapas de maior âmbito.


 
Como juventude protagonista de sua própria história, a Pastoral da Juventude esteve presente em todas as etapas, mesmo que por um lado isso nos orgulhe, por outro também decepciona: tanto na etapa municipal de Passo Fundo, com mais de 160 participantes, quanto na Estadual em Porto Alegre, nesta com 718 participantes, somente a PJ da Arquidiocese de Passo Fundo representava uma organização jovem, com a presença de Jean Carlos Demboski, Davi Rodrigues da Silva e a minha, Wagner Azevedo, foi uma representação de 0,41%! Mas não se culpa os jovens gaúchos, a divulgação da imprensa fora insignificativa e também a organização das Conferências estadual e nacional foram ineficientes. Tomemos como exemplo o estado do Roraima, todas as Conferências foram feitas em escolas, desse modo mobilizando os estudantes a lutarem pelos seus direitos, não se omitindo, exercendo a cidadania e combatendo o grande mal que desmotiva a iniciação política.Em tempos de eleição, faz-se necessária uma grande campanha publicitária para os adolescentes de 16 e 17 anos aproveitarem seu direito de voto. Parece que a política assusta, e de fato assusta, mas “de quem é o grito que nos faz tremer?”. A juventude deveria ter medo da politicagem, ou essa politicagem é que deveria temer uma juventude instruída, sonhadora, aguerrida e defensora de seus direitos? 

Na Conferência Nacional, a juventude fez-se mais presente, mesmo que a proporção tenha sido baixa. Estavam membros de conselhos municipais, pastorais e movimentos da Igreja, partidos e ONG’s. Registro a grande presença de membros e ex-membros da Pastoral da Juventude que reconheciam, elogiavam e, até mesmo, exaltavam bandeira da Arquidiocese de Passo Fundo presente na capital federal. Esse reconhecimento orgulha pelo motivo de ver a PJ presente e firme nas questões sociais da nação, intrinsicamente utilizando de sua formação integral, em prol do Reino de Deus, e pelo fato da importância histórica de nossas lutas. Assim, foram defendidas propostas que incentivam a inserção da juventude nas políticas públicas, promoção de investimentos e capacitação na área da educação, tanto de base, quanto ensino superior e mecanismos de controle social com acessibilidade a todos.

A 1ª Conferência sobre Transparência e Controle Social teve seus momentos de turbulência e de desorganização, porém isso tudo devido à grande vontade de mudança que a sociedade brasileira tem. Batalhando para que essa cultura da corrupção não seja uma“infinita highway”, a corrupção não há de seguir em velocidade alta e para sempre. Nessa obstrução da “highway” está o nosso papel de jovem, sofremos com o presente, mas podemos não apenas mudá-lo, como também projetar nosso futuro. Trilhemos o nossos caminhosno seguimento do Projeto de Jesus Cristo, lutando contra as injustiças e as opressões. Com força nesse seguimento, não nos cabe aceitar a situação atual, deixemos ao Pai-Nosso que perdoe, mas unidos a ele, procuremos destruir os reinos em que a corrupção é a lei mais forte!


“Até quando vocês julgarão injustamente, sustentando a causa dos injustos? Protejam o fraco e o órfão, façam justiça ao pobre e ao necessitado, libertem o fraco e o indigente, e os livrem da mão dos injustos!”. Salmos 82:2-5

17/05/2012

Camisetas Bote Fé / Eai Tchê ?




Já está a venda as camisetas do Bote Fé / Eai Tche? 
São Camisetas e baby look de todos os tamanhos.
Nas cores preta, brancas, lilás e azul.



O Valor é de R$ 15 .
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10/05/2012

Entrevista de Dom Ercílio Simon




“O grande papel do jovem é ser evangelizador de outros jovens”

A equipe de comunicação da JMJ em Passo Fundo conversou essa semana com Dom Pedro Ercílio Simon, Arcebispo da Arquidiocese de Passo Fundo. Com grandes lições para toda a juventude, Dom Ercílio explica que a Igreja precisa acolher e orientar o jovem, que deve assumir a missão de ser jovem evangelizador de jovem. Para ele, o grande compromisso do jovem Cristão perante a sociedade pode ser resumido na construção de um mundo novo, com novos valores. Dom Ercílio fala também sobre o setor Arquidiocesano de Juventude, sobre a realização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil e, para concluir, provoca o jovem a “por a mão na massa”!

Qual é o papel do jovem perante a Igreja?
Dom Ercílio: O grande papel da juventude é ser uma força transformadora na Igreja, por isso o jovem deve ocupar o seu espaço na comunidade. Atualmente, eu considero que esse espaço da juventude nas comunidades está meio vazio. Têm sim jovens em todas as comunidades, mas comparando com as escolas, por exemplo, percebemos que a maioria não ocupa seu espaço na Igreja. O jovem tem que participar da comunidade, não só assistir, não só chegar de vez em quando, quando um companheiro está casando ou em um batizado, mas sim participar da vida da comunidade, e para isso existem muitos movimentos e pastorais que propiciam essa participação. Para mim o grande papel do jovem é ser evangelizador de outros jovens. Jovem evangelizando jovem. A presença do jovem deve marcar um ambiente diferente na Igreja, ou seja, mais alegre, através de sua animação, de sua música, de seu canto e da sua alegria de viver.

E o papel da Igreja perante o jovem?
Dom Ercílio: A Igreja precisa saber acolher a juventude, mesmo que este acolhimento signifique distúrbio, barulho... O jovem precisa se sentir acolhido na Igreja. E ela não pode apenas propiciar essa acolhida, mas também saber orientar, já que o jovem está atualmente desorientado pela perda de valores no mundo. A Igreja deve, então, mostrar o caminho para o Jovem. 

Na sua opinião, qual é hoje o principal compromisso do jovem Cristão?
Dom Ercílio: O jovem precisa estar de olhos abertos para a realidade, ou seja, não concordar com tudo que há no mundo, mas ver quais são os problemas, as situações que estão erradas na sociedade. Saber dos contra valores que predominam no mundo e ter uma postura em relação a isso. Outro compromisso é realizar ações organizadas, com seriedade na análise e nas propostas perante a sociedade. Sendo assim, o compromisso social do jovem Cristão pode ser resumido na construção de um mundo novo, com novos valores.

E os desafios? Quais são os principais desafios que o jovem enfrenta atualmente?
Dom Ercílio: Um dos grandes problemas é que a nossa sociedade está muita secularizada, ou seja, a dimensão espiritual está muito ausente, o que vale é o aqui e o agora, apenas o conforto individual, e o jovem sofre essa perda de valores. Junto com isso vem também o comodismo, há muitos jovens acomodados, em todos os sentidos, não só em ações transformadoras, mas até no modo de viver. Vemos muito jovens que preferem ficar no sofá, em frente a televisão, do que jogar uma partida de futebol, por exemplo. O terceiro desafio talvez seja a superação do pansexualismo, onde o sexo é usado para tudo, para vender um carro, um perfume ou qualquer coisa, ele se torna um apelo. Isso mexe demais com a cabeça do jovem e até influencia nas suas atitudes.

O que o contato com a juventude lhe proporciona?
Dom Ercílio: Me lembro do tempo que eu trabalhava com os jovens, fui professor e formador durante muitos anos. Você estar com os jovens no dia a dia é rejuvenescedor, agente esquece que tem 70 e quer sair jogando bola de novo. Eu me sentia mais jovem quando trabalhava com os jovens. Isso proporciona também um olhar para a frente, esperando melhores dias para a Igreja, para as comunidades e para o mundo todo. 

Como o senhor vê a juventude na nossa Arquidiocese?
Dom Ercílio: Como toda a juventude é uma juventude sedenta de valores. O jovem é sempre idealista, reformista e isso é próprio dele. Ao mesmo tempo os jovens são muito carentes, carentes de atenção do governo, da comunidade, da escola e até da comunidade eclesial. Por outro lado, uma boa parte de nossa juventude está organizada, marcando presença nas comunidades, tanto as pastorais como os movimentos. Isso é, para nós, motivo de esperança, porque a juventude que participa de um movimento fica marcada pelo resto da vida, no sentido de ter feito uma coisa boa, de ter participado e vibrado a força do jovem.

E a organização do setor juventude?
Dom Ercílio: Em primeiro lugar a CNBB já insistia conosco para organizar um espaço que pudesse unir toda a juventude, para que não ficassem as pastorais de um lado e os movimentos de outro, respeitando as características de cada um desses grupos. Isso trará um efeito muito bom para o nosso trabalho. As forças divididas não levam a nada, enquanto as forças somadas levam rapidamente para frente. Eu vejo, então, como uma grande esperança.

O que a realização da JMJ no Brasil pode trazer à juventude brasileira?
Dom Ercílio: Toda a Jornada vai ser uma grande evangelização dos jovens do Brasil. Em toda a parte a juventude está sendo sacudida em um grande momento de evangelização da juventude, mostrando que seguir a Cristo também é um motivo de festa e de alegria da juventude. Espero que possa trazer um novo tempo para a Igreja Jovem do Brasil.

O Senhor poderia deixar uma mensagem para a juventude?
Dom Ercílio: Sugiro que todos arregacem as mangas, ponham a mão na massa e ajudem para que a JMJ aconteça de fato aqui na Arquidiocese através da peregrinação da cruz e do ícone. Que vocês jovens, não se omitam nesse momento. Se, por acaso, não puderem participar fisicamente, acompanhem pelos jornais e rádios, se fazendo conhecedores daquilo que está acontecendo na nossa Arquidiocese e na nossa Igreja. 


Por Victória Holzbach, referencial da comunicação da JMJ na Arquidiocese de Passo Fundo

09/05/2012

PJ toma posse em cadeira titular na nova gestão do Conselho Nacional de Juventude.

PJ toma posse em cadeira titular na nova gestão do Conselho Nacional de Juventude.


 

A reunião da Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude (PJ) realizada entre os dias 27 de abril a 1º de maio, em São Paulo/SP, aprofundou diversas temáticas da ação da PJ pelo Brasil. Entre elas destacou-se a atuação e presença da Pastoral da Juventude no Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), em especial após a eleição da sociedade civil para o o CONJUVE no biênio 2012 e 2013 ocorrida no último mês em Brasília/DF, momento em que a PJ foi eleita titular em uma das cadeiras do segmento religioso.
Criado em 2005, o CONJUVE é composto por 20 representantes do governo federal e 40 da sociedade civil, sendo maioria no CONJUVE. Organização que reflete a diversidade dos atores sociais que contribuem para o enriquecimento do diálogo sobre as políticas públicas para os jovens brasileiros.
Mais uma vez a Pastoral da Juventude (PJ) ocupará o espaço na nova gestão como um dos representantes do segmento religioso. Tendo participado dos últimos fóruns de políticas de juventude no Brasil, a PJ compõe o CONJUVE desde a primeira gestão e ao longo dos anos teve participações significativas como a presidência do Conselho por meio da sua então Secretária Nacional, Elen Linth;  bem como, a participação na 1ª e 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude;  contribuiu na construção da Rede Nacional de Conselhos de Juventude e uma expressiva colaboração nos conselhos estaduais, tendo presidido o Conselho de Juventude da Bahia, do Amazonas e de dezenas de municípios em todo Brasil.


A participação da PJ caminha em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015 (CNBB) ao afirmar que é necessário “cada vez mais a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições, promovendo-se formação permanente e ações concretas”, especialmente “a participação, ativa e consciente, nos Conselhos de Direitos” (DGAE, n.115) como também “nos empenharmos na busca de políticas públicas que ofereçam as condições necessárias ao bem-estar de pessoas, famílias e povos (DGAE, n.116).
Além de Elen Linth, os jovens Edney Santos, da Arquidiocese de Manaus (AM) e Alexandre Piero, da Arquidiocese de São Paulo (SP), representaram a Pastoral da Juventude no conselho durante as últimas gestões. Em 2011, a PJ colaborou na construção da metodologia da 2ª Conferência Nacional de Juventude, assim como na articulação das Conferências Virtuais e também na mobilização das juventudes pelo país.
Para assumir a nova gestão da PJ no CONJUVE, foi escolhida a jovem Paula Cervelin Grassi, 22 anos, da Diocese de Caxias do Sul (RS), que assume a representação da Pastoral da Juventude, no biênio 2012-2013, nesse Conselho. Paula, estudante de Licenciatura em História, foi representante da PJ na Comissão Organizadora da 1ª Conferência Municipal de Juventude de Caxias do Sul (2007), bem como na Comissão Organizadora da 2ª Conferência Estadual de Juventude do Rio Grande do Sul (2011), além de delegada da 2ª Conferência Nacional de Juventude (2011). Foi coordenadora da PJ da Diocese de Caxias do Sul (2008-2009) e da PJ do Rio Grande do Sul (2010-2012). Participou pela sua diocese da delegação brasileira em 2011 para a Jornada Mundial da Juventude, em Madri, na Espanha. Atualmente integra a Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude, representando o Regional Sul 3 da CNBB, o estado do Rio Grande do Sul, serviço esse que se encerra em setembro deste ano.


A escolha da jovem Paula Cervelin Grassi decorreu por meio da indicação de todos os regionais de atuação da PJ, além da reflexão durante a reunião da Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude sobre o perfil do/da jovem que representará a PJ.
A posse dos novos membros da sociedade civil eleitos acontece no dia 8 de maio durante a 28ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Juventude, em Brasília/DF.
As contribuições da PJ no CONJUVE continuarão sendo trilhadas por meio do diálogo e parcerias com os demais movimentos e entidades que integram este Conselho, bem como em diálogo com as orientações da Igreja do Brasil.
Caso queira saber mais a respeito da atuação da PJ no CONJUVE acesse a nossa página no endereço: conjuve.pj.org.br ou escreva para conjuve@pj.org.br.

Autor/Fonte: PJ Nacional

08/05/2012

Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo se reúne em Marau para o encontro Despertar para a Missão



Após muita preparação, expectativas e mobilização, aconteceu nos dias 5 e 6 maio, no Salão Paroquial Frei Gentil, o encontro chamado Despertar para a Missão, que reuniu aproximadamente 100 jovens de toda a Arquidiocese de Passo Fundo. Essa foi a primeira etapa de formação do Projeto das Missões Jovens da Pastoral da Juventude na área pastoral de Marau. O encontro teve como tema central a análise da realidade juvenil e foi assessorado pela Irmã Jaqueline Zilli.
Durante a manhã e tarde do sábado, dia 5,houve uma reflexão sobre os diversos jeitos de ser jovem e discussões, em grupos, sobre os sonhos, preocupações e ações das juventudes. Depois dessa conversa, os grupos elaboraram, com muita criatividade, encenações, músicas ou poemas que foram apresentados para todos os participantes do encontro. Ainda no sábado, a juventude participou, com toda a comunidade,de uma cativante e animada missa na Igreja Matriz Cristo Rei, preparada pelos jovens da PJ. Foi um momento muito marcante, onde lembrados os jovens vitimas de violência e também celebramos os sonhos da juventude e o processo das Missões Jovens.  Depois da missa, a juventude foi acolhida com muito carinho nas casas algumas famílias marauenses, onde passaram a noite.
Na manhã do domingo, os jovens se reencontraram animados e empolgados para mais um dia de trabalho. As atividades foram retomadas com uma oração realizada no Recanto Franciscano e, depois, com a continuidade da assessoria. Na oportunidade, houve uma dinâmica em que os jovens puderam conversar sobre suas vivências de fé. O momento foi concluído com a patilha da experiência missionária que a Irmã Jaqueline teve na Bolívia.
À tarde, as atividades seguiram-se na Praça Municipal Dr. Elpidio Fialho, onde, através de várias apresentações, os jovens puderam manifestar sua arte, sua cultura e seus talentos. O evento também contou com a participação da Invernada Mirim do CTG Sentinelas do Pago e de diversos músicos. Como uma atividade da Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens, foi realizada a Ciranda Pela Vida, um grito pedindo vida para a juventude. Além da ciranda, uma bandeira, que continha a frase “EU CUTO LUTAR PELA VIDA DA JUVENTUDE” pintada, foi marcada com as mãos de todos os jovens que participaram do encontro. A comunidade presente na praça também foi convidada a participar.
Foi um ótimo fim de semana, cheio de protagonismo juvenil, animação, partilhas reflexões. O encontro despertou nos jovens a vontade de ser missionário e a alegria de viver em grupo.
JosieliLazzarotto

02/05/2012

É caminhando que se faz o caminho


Somos seres históricos. Isso significa que somos inseridos e condicionados em uma realidade com dimensões: social, política, cultural, econômica e religiosa.
Não estamos sós. Fazemos parte de uma sociedade que tem uma organização própria e que também apresenta seus problemas. A sociedade atua constantemente sobre nós e, se não interagimos positivamente com ela, corremos o risco da delinqüência, exclusão social e de sermos paralisados pelo pânico. Pânico de viver, pânico de empobrecer; pânico de perder o emprego, o carro, a casa, as coisas, pânico de não chegar a ter o que se deve ter para chegar a ser[1]. Nós atuamos positivamente sobre a sociedade na medida em que somos capazes de elaborar projetos sócio-transformadores e colocá-los em prática.
Na convivência entre as pessoas humanas estão presentes a busca do bem comum e as relações de poder. Cada pessoa deve, a partir do exercício da cidadania, assumir a dimensão social e política de sua existência, através do protagonismo pessoal e da participação na construção do bem comum, utilizando, para esse fim, todos os meios legítimos e lícitos que estiverem ao seu alcance.
Todos os povos têm seu modo próprio de vida, seu modo de ser constituídos por valores e tradições construídos ao longo do tempo. Esses valores e essas tradições garantem a identidade de um povo e possuem sua legitimidade. Todas as pessoas têm a responsabilidade de contribuir para que a cultura do seu povo torne-se um caminho que conduza ao bem de todas as pessoas.
A crise da modernidade e os problemas dela decorrentes afetam muito a vida das pessoas, principalmente porque poucas entendem o que está acontecendo e, muito menos, quais os novos rumos que podem ser tomados, o que faz com que se incomodem, mas não procurem caminhos de superação. E enquanto isso, o mundo ao avesso nos condena a padecer a realidade ao invés de transformá-la, a esquecer o passado ao invés de escutá-lo e a aceitar o futuro ao invés de imaginá-lo ou de reinventá-lo.
A crise da modernidade não deve, portanto, ser confundida com o fim das utopias e da esperança. Existem também aspectos positivos, pois começam a surgir sinais e caminhos novos. A crise não significa a perda de valores e princípios. Eles são como bússolas, que permitem caminhar sem se perder, mesmo diante de obstáculos que exigem mudar de estrada. Mesmo que, em dado ponto, não existam estradas e elas tenham que ser construídas, eles são referência e mostram que é necessário levar a sério o dito: "é caminhando que se faz o caminho". Através das lutas de libertação, dos gestos que criam estruturas solidárias e não excludentes, da construção da organização popular é que, pouco a pouco, vai surgindo e se delineando a sociedade nova. A valorização de experiências transformadoras rumo a uma sociedade nova permite que a sociedade abra-se e liberte o futuro. Não basta conhecer a realidade para poder transformá-la, é preciso agir sobre ela e com ela.

Edivane Rodrigues
Catequista e acompanhante de jovens
Diocese de Chapecó
 Eduardo GALEANO, De pernas pro ar: a escola do mundo do avesso, p. 20.




23/04/2012

Coordenação Diocesana da PJ visita grupo de Jovens de Nicolau Vergueiro.





Aconteceu nesse sábado dia 21 de abril a visita da coordenação diocesana da Pastoral da Juventude ao grupo de jovens JUTRAC da cidade de Nicolau Vergueiro.
O encontro que tinha por objetivo, entrosar o grupo na caminhada arquidiocesana da PJ, foi marcado pelos momentos em que a gurizada, com muita curiosidade, pode ver os projetos e a organização da PJ. Alem disso o grupo vivenciou um encontro onde as temáticas centrais eram os sonhos e a vida em comunidade. O que foi vivenciado com muita alegria por parte de todos os presentes.
Essa atividade faz parte do trabalho pastoral que a PJ desenvolve, e  que em especial esse ano esta se dando na área pastoral de Marau, em virtude das missões jovens, pois a mesma acredita que esses momentos são de grande valor na caminhada pastoral juvenil, pois é com a caminhada que os jovens fazem em suas comunidades e na sua organização, que se constrói o reino de Deus, sonho maior de todos os cristãos. 

17/04/2012

11/04/2012

Festa de 2 anos do JUPE – Jovens Unidos Para Evangelizar

Foi com uma imensa alegria que o grupo de jovens, JUPE, da Paróquia São José, Passo Fundo, comemorou nessa última semana seus dois anos de existência. As preparações começaram ainda em fevereiro, em parceria com a comunidade e os jovens de toda Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo, a celebração começou dia 31 de Março e encerrou-se no Sábado de Aleluia.
A proposta de fazer esse evento não foi apenas para festejar, mas sim um incentivo para convocar a comunidade a conhecer a atividade Pastoral e suas campanhas. O JUPE contou com a presença de mais de 60 jovens desde a manhã do dia 31 de março, oriundos de Marau, Casca, Carazinho, outros grupos da cidade de Passo Fundo e também a presença da PJ da Diocese de Erexim. Durante a manhã, sob coordenação da assessora Cida Montana, os grupos partilharam suas histórias; à tarde após breve introdução do Pe. Leonardo Foschiera sobre a realidade do bairro São José, os jovens saíram em Missão pela comunidade, divulgando e convidando à Pastoral da Juventude e à campanha nacional da PJ “Chega de Violência e Extermínio de Jovens”; à noite, aconteceu a Missa de Ações de Graças, com grande presença da comunidade. Após, houve um encontro assessorado pelo Matheus Fernandes, de Marau, Coordenador Regional da campanha nacional, provocando os jovens a assumir esse compromisso pejoteiro, expondo a realidade, e fazendo-os crer a lutar por um mundo sem preconceitos, injustiças e desigualdades e criar a Civilização do Amor. Para encerrar o dia, os jovens dirigiram-se ao ginásio para jantar, junto à comunidade e os pais que deram todo o suporte para esse dia. Dia 01 de Abril, Domingo de Ramos e também Dia Internacional da Juventude, os jovens participaram da procissão pela parte da manhã e à tarde usaram o ginásio para recreação, até a hora da despedida, que deixa alegria e um sentimento de saudade, pelos laços de amizade formados.
Durante a semana, continuaram os trabalhos do JUPE, juntamente com o apoio do MADI, grupo de jovens da Paróquia São Judas Tadeu, também de Passo Fundo, para realizar as encenações de Sexta-Feira Santa e Sábado de Aleluia. Dois dias que emocionaram a comunidade, novamente. A Paróquia São José nessa semana conheceu o jeito jovem de ser Igreja. Tanto na celebração do aniversário, quanto nas encenações, fora mostrado o protagonismo juvenil, jovens assumindo um compromisso com Cristo, construindo o Reino de Deus. A partir de agora, os jovens do bairro São José esperam ser vistos com outros olhos, não apenas como jovens rebeldes – ou perdidos, em alguns casos -, mas responsáveis, compromissados, revoltados com a crueldade e a insanidade de um mundo consumista e desumano.
O JUPE agradece a todos que participaram e colaboraram para que isso acontecesse. O povo festejou, evangelizou, refletiu, julgou e sonhou. Com isso, foi dado o início a um processo, um trabalho de evangelização da juventude do bairro. Passada as festas, o trabalho agora é maior, graças à ajuda de todos fomos ao encontro dos jovens, mostramos a nossa cara. Por nossa conta, devemos cativá-los no Projeto de Jesus Cristo. Pra frente linda juventude, você é a esperança do país!