No final de julho, foi definida a Semana Nacional de Luta pela Reforma Política Democrática, que será de 01 a 07 de setembro. Esse encaminhamento foi dado na reunião entre representantes da Coalizão pela Reforma Política e Democrática e Eleições Limpas, e da Campanha Nacional pelo Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, acontecida na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Brasília. A mesma reunião unificou as duas iniciativas, que agora mais do que nunca, somam todas as suas forças para o processo de reforma urgente e necessária do sistema político brasileiro.
É preciso observar alguns pontos que são hoje grandes problemas no sistema político, e que nos fazem acreditar na Reforma Política como a reforma central para se destravar as outras tantas reformas que emperram no Congresso devido à correlação de força, especialmente da grande ala conservadora (ruralistas e empresários/patronais). Esses pontos críticos hoje são a influência do poder econômico nas decisões eleitorais, que elege facilmente seus representantes; o privilégio dado às pessoas e não às propostas para se enfrentar os problemas do país (através da votação em listas “abertas”); a sub-representação de minorias (que na verdade são a grande maioria do povo brasileiro, como a classe trabalhadora, as mulheres, jovens, negros/as, indígenas…); e a fragilidade dos mecanismos de democracia direta, com pouca participação popular.
Como alternativas, são apresentadas e defendidas a questão do financiamento democrático das campanhas eleitorais; as eleições proporcionais em dois turnos (primeiro no partido e depois no/a candidato/a); a paridade de gênero nas listas de candidatos/as; a representatividade das minorias; e o fortalecimento dos mecanismos de participação popular direta.
Acreditamos que somente a mobilização popular é que vai conseguir tornar a Reforma Política real. É preciso que toda a sociedade civil organizada some suas forças nessas duas iniciativas construídas com muitas mãos. Contamos ainda com um tempo favorável que é o tempo de campanha eleitoral, pois é preciso fazer com que os candidatos e as candidatas assumam os compromissos com a Reforma Política. Aquelas e aqueles que não o fizerem não são dignos de nossos votos, pois representam os setores conservadores da sociedade que compactua com com o nosso sistema político falido.
No último final de semana, 09 e 10 de agosto, aconteceu a 5ª Plenária Nacional dos Movimentos Sociais para analisar e encaminhar os passos que serão dados nessa reta final, até a Semana da Pátria. Aos poucos, serão disponibilizadas as orientações detalhadas para o processo de votação (que exige maiores detalhes), bem como todas as informações para que a coleta de assinaturas e a coleta de votos sejam as mais proveitosas possíveis.
A partir de hoje, a Pastoral da Juventude Nacional passará a contribuir diariamente com a divulgação e as orientações da Campanha do Plebiscito Popular e da Coalizão, visando intensificar ainda mais os processos para a Reforma Política nessa reta final. Além de somar mais ainda com os espaços já construídos nesse período, queremos atingir de forma mais direta as jovens e os jovens da Pastoral da Juventude que estão espalhados e espalhadas pelo Brasil inteiro, e motivar para que se unam a comitês já existentes ou que ajudem a criar comitês nas suas cidades, ruas, bairros, escolas, comunidade/paróquia.
Motivamos também que nesse tempo, jovens de todo o Brasil enviem fotos e informações das atividades da Campanha que estão acontecendo em suas realidades, de qual lugar e como a PJ está contribuindo, da mesma forma que depoimentos e reflexões sobre do por que é necessário mudarmos esse sistema político.
Vamos juntas e juntos: “é hora de transformar o que não dá mais!”
via, Pastoral da Juventude Nacional.