O mês de julho marca exatamente um ano antes do início da Jornada Mundial da Juventude, que pela primeira vez será realizada no Brasil, na turística cidade do Rio de Janeiro, onde são esperados mais de quatro milhões de jovens vindos de todo o mundo.
Esse, que é um dos maiores eventos católicos existentes, percorre o mundo desde o ano de 1986, mobilizando milhões de jovens de todo o planeta e disseminando a mensagem de Cristo por onde passa.
A JMJ mostra-se como um momento ímpar de novas vivências, propiciando experiências marcantes na vida dos participantes, que em comunhão com toda a Igreja celebram a vida em contato com o Santo Padre.
O lema da próxima Jornada Mundial da Juventude, “Ide e fazei discípulos em todas as nações”, aponta como um importante chamado de Cristo e, portanto, torna-se missão da igreja, povo de Deus e, logo, nosso dever de batizados.
Para que isso ocorra, já existem muitas pessoas dedicando seu tempo e sua vida, empenhando-se para que o evento aconteça, pois um acontecimento de proporções mundiais requer, no mínimo, um planejamento e uma logística à altura. Diz-se, a título de curiosidade, que esse evento promete atrair mais pessoas para a cidade do Rio em 2013 do que a copa do mundo de futebol, em 2014, e os jogos olímpicos de 2016.
Ainda assim, é fato que por mais grandiosa e numerosa que uma Jornada possa ser, atingirá uma parcela ínfima da juventude católica, reduzindo proporcionalmente esse número se considerarmos como horizonte, toda a juventude, brasileira e mundial.
Diante dessa realidade, nos cabe relembrar o mandato de Cristo a nós, povo de Deus: “Ide e fazei discípulos em todas as nações”. Faz-se necessário destacar aqui o papel do discípulo, do homem missionário, que deve carregar a boa nova da esperança e da vida plena a todos, assumindo essa missão como opção de vida e não convenção momentânea. Tal opção requer vivência no chão das comunidades, com os pés fincados na terra das dores e das alegrias que a dinâmica da vida nos apresenta, é preciso que o discípulo sente-se à mesa e coma do mesmo pão dos irmãos.
É preciso também estar em estado permanente de missão, atento aos sinais dos tempos, sem negá-los, escondendo-se atrás de nossas sacristias, nos nossos grupos de conforto.
Cristo chama à vida plena, chama à dignidade, chama ao amor aos pobres e excluídos e chama à um discipulado carregado de coragem de ir ao encontro dos necessitados e com eles caminhar rumo à plenitude da vida.
A um ano da JMJ, jornada que a juventude deve tomar posse, é momento de refletir o nosso discipulado, permanente e visível no chão de nossas comunidades, é momento de dizer sim à opção pela vida, de forma concreta e efetiva, tendo Jesus e seu projeto como rocha que nos sustenta e nos mantém firmes diante das ventanias da vida.
Que Deus permita que a Jornada Mundial da Juventude seja processo de conversão para o verdadeiro amor e nos impulsione a sermos cada vez mais Igreja anunciadora desse amor.
Davi Rodrigues da Silva