19/12/2014

Carpinteiro da Esperança



“No princípio era a Palavra e ela estava voltada para Deus. Tudo foi feito por meio dela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. Ela, porém, deu o poder de se tornarem filhos de Deus a todos aqueles que a receberam. E a Palavra se fez homem e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória: Glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade”. (Cf Jo 1,1-14). Eis que a Palavra é Jesus Cristo. Ele veio para proporcionar vida, vida plena para todos. Nasce neste Verbo, como um verso singelo, um menino, frágil, pequeno, pobre e humilde. Em uma cantiga, naquela noite, ao longe se ouvia: num rancho de palha e barro uma criança dormia, à luz da estrela d’alva, sob o manto de Maria. Seria um tranquilo sono, ou um fermento de esperança?

“Toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz maus frutos. A árvore boa não pode dar frutos maus e a árvore má não pode produzir bons frutos. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e jogada no fogo. É pelo fruto deles que vocês os conhecerão” (Mt 7,17-20). Quais são os frutos que encontramos na árvore do natal que vamos celebrar? É uma antiga tradição a de prepararmos a árvore de natal para festejarmos em nossas famílias e comunidades a chegada do Menino Jesus; ou seria do Papai Noel? Paro, por vezes, e me questiono, mas afinal qual é o natal que estamos celebrando? 

Nossos corações se alegram ao ouvirmos as canções natalinas, em saber que seremos presenteados e que também temos a oportunidade de fazer alguém feliz com o carinho de nosso presente, de nosso abraço, de nosso afago, de nosso sorriso. São momentos singelos, mas dotados de significado. Há quem prefira, porém, permanecer ofuscado entre os espinhos da árvore que cultivou em seu íntimo. E assim, celebra um natal marrento, com sorrisos hipócritas; como o fez Herodes, tentando enganar os magos, dizendo que também ele gostaria de prestar homenagens ao Salvador (Mt 2,1-12), quando na verdade buscava sua morte. Contudo, sempre prevalece a esperança que o espírito natalino transforme seus corações. Afinal, por vezes, sonhamos com tesouros mesmo não conhecendo as riquezas que escondemos em nossa essência. 

Somos também nós árvores natalinas? Ou seríamos apenas os luminosos adornos presos com frágeis cordões de linha? Seríamos o ranchinho de palha e barro, humilde, mas acolhedor? Talvez sejamos construtores, ou quem sabe lenhadores? Possíveis carpinteiros?! Quanta alegria, ser condutores daquele que aguardamos – Jesus Cristo. Quem me dera ser a manjedoura onde o colocaram ao nascer; talvez o barco em que seus discípulos pescavam, ou então o madeiro de sua cruz. Somos, hoje, os portadores de Jesus, mas será que sabemos disso? Percebo que somos, muitas vezes, como aquela fábula das árvores sonhadoras. 

Conta-se que três pequenas árvores, no alto de uma montanha, sonhavam como seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas, disse: gostaria de ser o baú mais precioso do mundo e viver cheia de tesouros. A segunda, olhando um riacho, suspirou: quero ser um navio bem grande para transportar reis e rainhas. A terceira, com os olhos no vale, expressou: desejo ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, vendo-me, levantem os olhos e pensem em Deus. Passados alguns anos as árvores cresceram. Porém, um lenhador, sem saber do sonho das árvores, as cortou. Com a primeira árvore confeccionou um cocho para alimentar os animais. Da segunda construiu um barco de pesca onde transportava pessoas e peixes todos os dias. A última foi cortada em vigas e deixada num depósito. Desiludidas as três árvores lamentaram os seus destinos. 

Mas, certa noite, com o céu cheio de estrelas, uma jovem mulher, acolhida num ranchinho de palha e barro, colocou seu bebê, recém-nascido, naquele cocho. De repente, a árvore percebeu que continha em seu interior o maior tesouro do mundo. Aquele barco, anos mais tarde, transportou um homem que acabou dormindo e uma tempestade quase o afundou, mas o homem levantou-se e disse: PAZ! Imediatamente as águas se acalmaram e a árvore, transformada em barco, entendeu que transportava o rei dos céus e da terra. Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a última árvore espantou-se quando as vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. A árvore sentiu-se horrível vendo o sofrimento daquele homem. Mas logo entendeu que aquele homem salvou a humanidade e as pessoas logo se lembrariam de Deus ao olharem para a cruz.

Pensando no sonho das árvores eu me pergunto: que árvore há em mim? Que presentes estão depositados aos pés de nossas árvores? Peço com humildade de coração que Deus, em sua infinita bondade e amor, conceda-me a graça de ao menos conseguir conduzir as sementes das árvores à terra de meu coração. Que o Menino Jesus encontre, neste natal, um lugar aconchegante em nossa árvore. É Natal de Jesus, o Emanuel, Deus Conosco. Ele nasceu na Palestina, mas é presença real em nós. 

Ora, então é natal, pois se ouvem as cantilenas: naquelas longínquas terras, em Belém da Judéia, brotou do ventre materno, como a água surge da terra, um menino palestino com o coração divino e um amor incondicional. E aquele rancho tapera, mesclado com palha e barro aonde o guri nasceu, está cravado em nosso peito com o sinal santo de Deus. “Nosso coração arde quando Ele nos acompanha e explica as escrituras” (Lc 24,32). Um menino criado nos santos caminhos de Nazaré, na Galiléia. Entre seu povo, nossos irmãos, declamou como se fosse uma poesia, qual seria sua sina naqueles rincões dobrados. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a sua unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19). Mas que bravura e honradez. Seria um Carpinteiro da Esperança, talvez? Feliz Natal! 



Por padre Leandro de Mello, Assessor Diocesano da Pastoral da Juventude.

10/11/2014

Fiquemos Atentos aos Sinais dos Tempos

Em tempos de 'guerra silenciosa', numa sociedade individualista e alienadora, é preciso mais reflexão, estudo e atitude perante os sinais. Francisco, bispo de Roma, ao escrever sua primeira exortação apostólica intitulada como 'Evangelii Gaudium' - A Alegria do Evangelho, nos alerta sobre algumas pontuações. Diz ele, que prefere "uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. E ainda, que não quer "uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos." (n.49).

O Evangelho do domingo, 02 de novembro, nos convidou a estarmos preparados e serenos para a hora em que formos chamados ao encontro com Jesus, mediante a prática da justiça. Dize-nos São Mateus: "Fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será o dia, nem a hora". Tendo em vista os sinais, que são muitos, e a mensagem que neste tempo o Evangelho nos trouxe, é preciso cumprir e vivermos o que claramente Ele nos diz. Fiquemos atentos, vigiemos, sejamos conhecedores e permitamos sermos conhecidos, mantenhamos acessas nossas lâmpadas, contudo, tendo clareza que não basta estarmos preparados esperando a vinda Dele. É preciso ousar, partir, arriscar, lançar-se à ação e à missão, para que os dons concedidos frutifiquem e cresçam. Foi confiado a nós todos e todas a propagação da mensagem de Jesus que é única e clara. É também pela fé em Jesus Cristo e pelo testemunho junto aos irmãos que seremos julgados. Mas, quem é, e onde está Jesus Cristo? Está identificado com os pobres, oprimidos e marginalizados por uma sociedade baseada na riqueza e no poder. Por isso, o julgamento será também sobre a realização ou não da prática de justiça em favor da libertação dos pobres e oprimidos. Esta é a atitude central da fé! São Mateus a apresenta como o cerne de toda a atividade de Jesus: "cumprir toda a justiça". Esta é a condição para participar da vida no Reino.

Ainda na primeira exortação apostólica, Francisco, afirma que "se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, há-se chegar a todos, sem exceção. Mas, a quem deveria privilegiar? Quando se lê o Evangelho, encontramos uma orientação muito clara: não tanto aos amigos e vizinhos ricos, mas, sobretudo aos pobres e aos doentes, àqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, «àqueles que não têm com que te retribuir» (Lc 14, 14).” Não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima. “Hoje e sempre, «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho», e a evangelização dirigida gratuitamente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer. Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais sozinhos!" (n.48). E também, Ele nos inquieta a partir da carta escrita no encontro com os representantes dos movimentos sociais afirmando claramente que "não é possível abordar o escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção que unicamente tranquilizem e convertam os pobres em seres domesticados e inofensivos. Como é triste ver quando, por trás de supostas obras altruístas, se reduz o outro à passividade, se nega ele ou, pior, se escondem negócios e ambições pessoais: Jesus lhes chamaria de hipócritas."

O caminho para a atuação pastoral da igreja é claro e único. Foi apontado primeiramente por Jesus e até hoje, mesmo que com muita resistência, é anunciado por muitas e muitos que lutam por uma Igreja pobre e para os pobres. Na carta construída a partir do encontro com representantes dos movimentos sociais, o Papa afirmou ainda o que muitos sentem: "Não se entende que o amor pelos pobres está no centro do Evangelho. Terra, teto e trabalho são direitos sagrados. Reivindicar isso não é nada raro, é a doutrina social da Igreja”. Compreendamos, e além de compreender, vivamos isso que Cristo nos disse e que Francisco nos chama a viver. E, somente a partir disso sentiremos "o vento da promessa que aviva a esperança de um mundo melhor. Que esse vento se transforme em vendaval de esperança", que sejamos nós a face de Cristo, que tenhamos em nós os mesmos sentimentos que Ele tinha. Este, é também o meu desejo.

Estejamos atentos aos sinais dos tempos para perceber os apelos do Senhor e nos movermos sempre na direção do Reino, dos pobres, da doação da vida para que a vida seja verdade plena para todas e todos.


Por Eduardo Nischespois Scorsatto.
Contribuição de Cladilson Nardino, Fabiane Cristina Feltes e Luis Duarte Vieira.

01/09/2014

Maria, Mulher Cheia De Vida

Vejo-te, Maria, tão cheia de vida...
a distribuí-la, dando-a oferente,
dando-a ao irmão pobre,
oferecendo-a, igualmente, ao Deus da Libertação.
Foi Ele que te fez.
Que te fez mulher.
Mulher livre e decidida,
que diz sim
mesmo podendo dizer não.

Tu que és forte,
que buscas justiça,
que és mãe do povo,que comungas da luta,
que queres igualdade
entre homem e mulher,
e verdade.
Tu que és voz ativa,
mas buscas espaço
para as vozes femininas amigas
tão rejeitadas ainda.

Nossa, irmã Maria,
que trilhas, apressadamente,
os caminhos do mundo,
buscando nas margens
aqueles esquecidos,
aquele teu povo querido
escanteado, massificado
por um sistema desigual.
Tu que queres
um mundo mais fraterno
e, sobretudo, sororal.

Por Irmão Gustavo Ribeiro, noviço Marista.


18/08/2014

Na reta final: Reforma Política Já!


No final de julho, foi definida a Semana Nacional de Luta pela Reforma Política Democrática, que será de 01 a 07 de setembro. Esse encaminhamento foi dado na reunião entre representantes da Coalizão pela Reforma Política e Democrática e Eleições Limpas, e da Campanha Nacional pelo Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, acontecida na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Brasília. A mesma reunião unificou as duas iniciativas, que agora mais do que nunca, somam todas as suas forças para o processo de reforma urgente e necessária do sistema político brasileiro.


É preciso observar alguns pontos que são hoje grandes problemas no sistema político, e que nos fazem acreditar na Reforma Política como a reforma central para se destravar as outras tantas reformas que emperram no Congresso devido à correlação de força, especialmente da grande ala conservadora (ruralistas e empresários/patronais). Esses pontos críticos hoje são a influência do poder econômico nas decisões eleitorais, que elege facilmente seus representantes; o privilégio dado às pessoas e não às propostas para se enfrentar os problemas do país (através da votação em listas “abertas”); a sub-representação de minorias (que na verdade são a grande maioria do povo brasileiro, como a classe trabalhadora, as mulheres, jovens, negros/as, indígenas…); e a fragilidade dos mecanismos de democracia direta, com pouca participação popular.


Como alternativas, são apresentadas e defendidas a questão do financiamento democrático das campanhas eleitorais; as eleições proporcionais em dois turnos (primeiro no partido e depois no/a candidato/a); a paridade de gênero nas listas de candidatos/as; a representatividade das minorias; e o fortalecimento dos mecanismos de participação popular direta.


Acreditamos que somente a mobilização popular é que vai conseguir tornar a Reforma Política real. É preciso que toda a sociedade civil organizada some suas forças nessas duas iniciativas construídas com muitas mãos. Contamos ainda com um tempo favorável que é o tempo de campanha eleitoral, pois é preciso fazer com que os candidatos e as candidatas assumam os compromissos com a Reforma Política. Aquelas e aqueles que não o fizerem não são dignos de nossos votos, pois representam os setores conservadores da sociedade que compactua com com o nosso sistema político falido.


No último final de semana, 09 e 10 de agosto, aconteceu a 5ª Plenária Nacional dos Movimentos Sociais para analisar e encaminhar os passos que serão dados nessa reta final, até a Semana da Pátria. Aos poucos, serão disponibilizadas as orientações detalhadas para o processo de votação (que exige maiores detalhes), bem como todas as informações para que a coleta de assinaturas e a coleta de votos sejam as mais proveitosas possíveis.


A partir de hoje, a Pastoral da Juventude Nacional passará a contribuir diariamente com a divulgação e as orientações da Campanha do Plebiscito Popular e da Coalizão, visando intensificar ainda mais os processos para a Reforma Política nessa reta final. Além de somar mais ainda com os espaços já construídos nesse período, queremos atingir de forma mais direta as jovens e os jovens da Pastoral da Juventude que estão espalhados e espalhadas pelo Brasil inteiro, e motivar para que se unam a comitês já existentes ou que ajudem a criar comitês nas suas cidades, ruas, bairros, escolas, comunidade/paróquia.


Motivamos também que nesse tempo, jovens de todo o Brasil enviem fotos e informações das atividades da Campanha que estão acontecendo em suas realidades, de qual lugar e como a PJ está contribuindo, da mesma forma que depoimentos e reflexões sobre do por que é necessário mudarmos esse sistema político.
Vamos juntas e juntos: “é hora de transformar o que não dá mais!”

via, Pastoral da Juventude Nacional.

12/08/2014

A Pastoral da Juventude na minha vida


A vida e a história de cada um vai sendo construída a partir das decisões e opções realizadas a cada dia. É uma construção constante ao longo de toda a vida. No desejo de discernir minha vocação, a que Deus me convida e desafia, ingressei, após dois anos de acompanhamento vocacional participando de encontros e retiros, no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Tapera, no ano de 2005, onde realizei o Ensino Médio. Tudo novo para mim, uma casa muito grande, cidade nova (e maior que Nova Boa Vista), escola maior..., mas destaco o fato de morar num “grupo de jovens” de diferentes lugares e com diferentes experiências de Deus. Todos com o desejo de acertar o caminho a seguir e a forma de caminhar.

Fui me descobrindo, me conhecendo, amadurecendo neste processo formativo, no encontro com o diferente, nas conversas, nos estudos, na oração. Fui conhecendo a Igreja em nova perspectiva. Crises, angústias, desilusões, mas a esperança e a alegria acima de tudo. Nas férias de janeiro de 2007, por intermédio de minha irmã Fabiane Cristina Feltes, conheci a Pastoral da Juventude, ao participar da 21ª Escola da Juventude, na saudosa ESCAJUR. De início eu não queria participar. Dizia para minha irmã que eu passava o ano todo fora de casa e que queria aproveitar as férias, mas graças à insistência dela a acompanhei neste encontro. Foram cinco dias muito marcantes em minha vida. Descobri uma Igreja alegre, vibrante e a proposta do “jovem evangelizando jovem”. Aprendi várias músicas que até hoje canto, como a bela Alma Missionária. Novas perspectivas de reflexão, mais vivenciais do que teóricas e abstratas. Busquei aproveitar tudo ao máximo! Nas férias de inverno do mesmo ano a história se inverteu, pois fui eu que insisti com minha irmã para participarmos do 1º Curso de Inverno da PJ. Foi muito legal, mas passamos muito frio (por isso foi a primeira e a última edição...).

No ano de 2008 passei a residir no Seminário Nossa Senhora Aparecida, em Passo Fundo. E foi justamente o ano e o local sede do Encontrão Diocesano da Juventude, com o lema Temos mil razões para viver! A PJ estava coordenando a preparação e organização, com o apoio de outras organizações jovens da Igreja. Nesta ocasião contribui na parte estrutural da preparação do ginásio, estando a disposição para auxiliar no necessário. Foi um encontrão muito bonito, muito alegre, com muitos jovens. Marcou muito minha vida e me animou na vocação! Após este evento fui convidado para algumas reuniões da PJ da área de Passo Fundo. Fui me inserindo, conhecendo melhor a proposta e a dinâmica de trabalho. Tinha outra pastoral específica na Comunidade Santa Rita e, sempre que possível, conciliava com os encontros e reuniões da PJ.

Nos anos 2010-2011 minha pastoral específica foi justamente a Pastoral da Juventude, então fui me inserindo na equipe de coordenação diocesana, na equipe do jornal, na equipe das missões, enfim, buscava colaborar em tudo, mesmo que fosse apenas tocar violão e cantar. Foram muitos encontros, reuniões e atividades tendo por base o anseio pela “vida da juventude”. Nos anos posteriores fui enviado para outras missões pastorais, inclusive a Pastoral Carcerária, atuando no Presídio Regional de Passo Fundo e no Centro de Atendimento Sócio Educativo – CASE, para os menores infratores. Permanece o grito e o apelo pela vida e é triste a constatação da quantidade de jovens detidos nestes locais... – é uma grande missão e desafio para a Igreja e sociedade!

Diante do caminho percorrido sinto o desejo de seguir em frente, de me doar com alegria em vista do Projeto do Reino de Deus anunciado por Jesus, que afirmou: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham com vitalidade” (Jo 10,10b). Sou pequeno e frágil, mas me coloco humildemente a serviço da Igreja, buscando ser instrumento de Deus aonde “falte a esperança, onde tudo seja triste”. Assim, dei meu sim assumindo (no dia 03/08/14) o ministério do diaconato, primeiro grau da ordem, continuando na caminhada do seguimento a Jesus Cristo, através da Igreja. Sozinhos não conseguimos muita coisa. Por isso, vamos juntos somar forças na construção da Civilização do Amor! Conto e necessito do vosso apoio e oração!

Abraço fraterno em Cristo Jesus!
Diác. Daniel Rodrigo Feltes

01/08/2014

PJ rumo ao 10ª Acampamento da Juventude

10º Acampamento da Juventude Romeira e 38ª Romaria da Terra


Nas vésperas da Romaria da Terra, sempre ocorre o acampamento da juventude romeira, que reúne jovens de todas as dioceses do Rio Grande do Sul com o objetivo de refletir com mais profundidade a temática da romaria. Ainda embalados pela bela e produtiva experiência do 9ª acampamento realizado na cidade de Tapes, no assentamento da reforma agrária Lagoa do Junco, nos colocamos a caminho para preparar a 10ª edição. A paróquia Sagrada Família, que abrange os municípios de David Canabarro e Muliterno, da nossa Arquidiocese, vão acolher os jovens vindos de todos os cantos do estado.

Nesta 38ª Romaria da Terra será discutida a sucessão rural e a necessidade de políticas públicas mais eficientes para garantir a permanência das pessoas no campo, especialmente dos jovens. É alarmante o dado de que 30% das propriedades do Rio Grande do Sul estão sem sucessão. O problema vai se agravando aos poucos, pois a tendência é aumentar o número de grandes propriedades e com isso a monocultura e o uso massivo de agrotóxicos, além do enfraquecimento da agricultura familiar que produz 70% dos alimentos no Brasil. 

O tema é voltado para a realidade da juventude, por isso não podemos ficar de braços cruzados, é nossa missão lutar pela vida da juventude. E junto com diversas entidades como a Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Juventude Rural, Via Campesina, Paróquia de Sagrada Família e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da região, nós Pastoral da Juventude já estamos no processo de construção desse encontro de fé, mística, formação e animação do compromisso com a vida da juventude. Diversos jovens dos mais diferentes grupos de base de toda a arquidiocese estão inseridos nas equipes organizadoras.

Para garantir um processo construtivo e que possibilite capacitação para os participantes estão sendo organizados três encontros preparatórios. O primeiro ocorre neste mês, no dia 23 em David Canabarro, para os jovens envolvidos na organização com o objetivo de esclarecer o tema da romaria e resgatar a história dos acampamentos anteriores. O segundo e o terceiro acontecem respectivamente em novembro e janeiro de 2015 para um grupo maior de jovens com possibilidade de intercâmbio com as famílias da região.

Temos um longo caminho a percorrer até os dois dias de acampamento em 15 e 16 de fevereiro de 2015, mas vamos nos preparando e soltando o grito, caminhando e cantando seguindo a canção do Projeto de Jesus Cristo. Somos juventude que ousa lutar, pois queremos construir projeto popular, somos juventude romeira que tem o Cristo como guia. Salve salve a caminhada!

Por Junior Centenaro
CPT

28ª Escola da Juventude

Quem dizes vós que eu sou?


No domingo passado, os jovens da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo finalizaram mais uma Escola da Juventude. O encontro que durou 5 dias debateu temas diversos pertinentes à Pastoral da Juventude e à vida dos jovens. Podemos ouvir jovens proclamando palavras doces, vindouras de profunda intimidade e consciência. Ver jovens sentindo sabores, cheiros, sons e toques que ao serem percebidos, traduziam a sagrada história de cada um/a, baseada em um projeto libertador, muito mais vivo, interessante e desafiador que o apresentado midiaticamente. Vi jovens dando-se conta de que a história é construída por muitas mãos, na vivência de uma identidade rica de sonhos, autoafirmada na autonomia e protagonizada por todos/as eles/as. Ouvimos jovens cantantes e alegres, cirandeando à Mística da vida, cultivando a horizontal e circular espiritualidade. Vi a Civilização do Amor na minha frente, tão pequena, mas vibrante. Em suas ruas pessoas felizes, por comer um pedaço de bolo que não saiu como esperado; felizes por rolar na grama, sem medo de brincar com a criança de ontem, habitando a intimidade; felizes por se aventurar rolando morros e até caindo de cara; felizes por serem balançadas como sininhos humanos; felizes por perderem a memória, perguntarem umas 25 vezes "o que é isso?" e todas as 25 vezes dizendo "isso é um abraço". Ouvi sussurros de jovens dizendo amar um Homem, que de tão conhecedor da tua humanidade, só pode ser Deus, que amou inexplicavelmente a todos/as, compadeceu-se de tantas dores, indignou-se com tantas opressões que ofuscavam a vida, que defendeu sua causa até as últimas consequências, mas venceu a Morte, e agora estes/as jovens querem segui-Lo assumindo o seu legado como Missão. Vi e ouvi jovens expressando e respondendo, com tanta irreverência e liberdade à pergunta "Que dizem que Eu sou?", que ao manifestar isso em carinho, burlaram as indicações, extrapolaram o tempo, mas marearam os olhos diante de tanto amor e cuidado. Enfim, o que vi e ouvi nestes cinco dias? A Igreja Jovem, a Pastoral da Juventude; Vi a esperança viva e semeando Vida, Construindo um mundo de Amor!
Percebemos que somos história vivida, partilhada e experimentada. Somos história construída a partir de realidades que dão sentido ao bodoque, defendendo a vida onde ela é ameaçada por desejar ser plena. Percebemos que somos parte de um projeto libertador, que é caminho, desafio, vida, que é comunidade, compromisso e ainda, que é memória, sentido e modelo. Projeto que é diverso, crítico, que anseia e semeia amor. Percebemos que somos mística movimentada, que somos espiritualidade cultivada. Que somos complexos, transformação e re-significação. Que somos sonhos, que somos imagem no olho, que somos garrafa de sonhos e que nos encontramos nos outros. Percebemos que somos eu além daquele que fui e além daquilo que quero ser. Corajoso o suficiente para dizer "tenho medo". Que sou gostos, sabores, toques e cheiros e que mesmo cheio de imperfeições verás que sou vários "eus". Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei. Percebemos ainda que não podemos ficar parados, olhando a gritante realidade. Que aquilo que vimos e ouvimos precisamos proclamar. Percebemos enfim, que somos missão, anúncio da boa-nova. Que somos do lado de cá e do lado de lá, com muitos amigos e alguém para amar.

Por Eduardo Nischespois Scorsatto e Raphael Alves.

25/06/2014

Somos Pastorais da Juventude, protagonismo e coragem

Área Pastoral de Marau realizou encontro de formação na cidade de Nova Alvorada


Dois grandes dias, vivenciados com entusiasmo, sonhos, alegrias, fé, esperança, lindas amizades e muita empolgação. O final de semana de 21 e 22 de junho, marcou o Município de Nova Alvorada. Aproximadamente 40 jovens das cidades de Nicolau Vergueiro, Marau, Camargo, Vila Maria e Itapuca participaram do Retiro Junino da Pastoral da Juventude da área de Marau. Fato inédito para esta cidade, que com muita dedicação do nosso jovem grupo da PJ, que completa um ano de existência no mês de julho, acolhemos de forma carinhosa este encontro que ficará marcado em nossas vidas e na história da nossa comunidade paroquial.

Foi lindo de ver as famílias preocupadas em emprestar colchões e cobertores, pois iríamos congelar pelo frio. Eles estavam preocupados, queriam nos aconchegar em suas casas... Este é o apoio que nos motiva a continuar seguindo o caminho. Precisamos muito de vocês sim, nossa querida família, base de tudo!

Em nome da Pastoral da Juventude da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Nova Alvorada, gostaria de dizer que o sentimento é único e indescritível. Foram momentos de muita fé e reflexão sobre o verdadeiro significado do protagonismo juvenil na nossa área pastoral. O desafio é grande, somos seis pequenos municípios da nossa área de abrangência, porém com um número bastante expressivo de jovens, que pouco conhecem o trabalho da Pastoral da Juventude, que enfrentam o mal das drogas, da violência e da falta de esperança de um mundo melhor. Nossa vontade de difundir cada vez mais a nossa Pastoral da Juventude ficou ainda maior com estes dois dias de convívio e de troca de experiências tão lindas de cada um dos grupos participantes. Seguimos fortes e confiantes na nossa bela caminhada, pois só assim juntos, unidos e confiantes no Bom Deus construiremos o Reino de Deus em busca da tão sonhada civilização do amor! Muito obrigado a todos vocês! Contem conosco!

JOFADI - Jovens Fazendo a Diferença
Paroquia Nossa Senhora de Lourdes. Nova Alvorada-RS.

Participação Estudantil na Construção do Projeto Popular para o Brasil

Todo ano, quando se aproxima o mês de agosto comemoramos a semana do estudante. Mas afinal, quando falamos de estudante, o que pensamos? São vários os pensamentos que invadem nossa memória seja os livros, cadernos, notas, profissão, enfim... Mas as vezes esquecemos de pensar no mais importante, que são estudantes do Movimento Estudantil, firme e forte que contribuem para a construção de um projeto que seja popular e democrático para o Brasil.

Exemplo dessa construção, é a própria Ditadura Militar, onde que os estudantes tomaram a frente nas manifestações nas ruas do país. A Ditadura Militar, como sabemos foi o período mais duro para os brasileiros na história de nosso país, um regime repressivo e autoritário, onde que nenhum direito nosso era garantido. Os estudantes da União estadual dos Estudantes (UNE) assumiram o papel de protestar contra esse regime e foram para as ruas reivindicar o fim dessa repressão. Não só os estudantes, mas entre eles, trabalhadoras e trabalhadores, artistas, religiosas e religiosos da Igreja Católica, enfim... Porém, a marca que fica são esses estudantes que eram jovens, e que muitos foram torturados e mortos, entre eles, um dos primeiros estudantes a ser morto, ele: Edson Luís, o qual também foi um dos estopim para o surgimento da Dona Pastoral da Juventude.

Não posso deixar de mencionar que sou estudante de Serviço Social e também participo ativamente do Movimento Estudantil, atuando no diretório Acadêmico do prédio de Faculdade de educação da Universidade de Passo Fundo, onde estudo. E percebo da importância que se tem, de não estar somente em sala de aula, mas também estar nesses espaços de debates, participação e lutas que contribuem para a construção de um novo país, seja lutando por um Restaurante Universitário de qualidade até uma Universidade popular e democrática.

Portanto diante disso não podemos lembrar somente que estudante é quem tira nota dez ou faz as lições de casa, mas temos que lembrar sempre, que estudante é aquele que luta reivindicando seus direitos e que a partir disso contribui e constrói um projeto popular para o Brasil. Projeto esse que vai além, um projeto onde que quem tenha a maior voz, seja o povo, pois isso também é construir o Reino de Deus.

Em contrapartida a este estudante construtor de uma nova história, as Pastorais da Juventude do Brasil, lançam o subsídio de estudos da Semana do Estudantes de 2014 que tem como lema: “Eu vou a luta é com essa juventude que não corre da raia à troco de nada”. Isso, porque o próprio Jesus uma vez nos disse “Vós sois o sal da Terra e a luz do mundo! ” (Mt 5, 13-14). Você pode encontrar o subsídio acessando: https://docs.google.com/file/d/0B2hn78YHSoiIblVmZjRlSHJubWc/edit

Por Kenia Censi.

19/06/2014

Chamados a ser sãos


Hoje, dia de Corpus Christi, somos chamados a olhar para essa festa e reconhecer que o pão e o vinho são sacramentos, e isso é dizer mais claramente que a carne e o sangue são sinais. Mas cabe perguntarmos: sinais de quê? Em memória de quem? 

Pensar Jesus é pensar nossa vida, nosso chamado e nossa experiência, olhamos para o mesmo Homem, mas a partir dos olhos que temos. E nos tornamos a perguntar: quem somos chamados a (re)viver? Arriscaria dizer: somos chamados a sermos nós! E conosco, e em nós, sermos um pouco Ele, sermos sãos.

Ser são pode significar muitas coisas. São, como verbo, é a conjugação de “ser” na3ª pessoa do plural. Tambémé ser sadio, livre de doenças. E por fim, ser são é ser integro, é ter sanidade, coerência.

Corpos Christi nos remete a comunidade, Deus é comunidade, nos quer em comunidade, quer que sejamos Igreja, e na comunhão encontremos o centro, o grande projeto. Igreja é povo, católico é universal, logo, o essencial não está em uma instituição hierárquica humana internacional, mas em um projeto misterioso de amor livre, que em qualquer cultura quer reinar. 

O ser humano é chamado a ser são, íntegro no amor. Essa é nossa missão. Que possamos cada dia mais fazer memória de nossas essências: Igreja (Eclésia),Católica, Apostólica. Ou melhor, povo, que na diferença professa e vive o amor. 

Façamos de hoje um dia para voltarmos à fonte, que não seca e que nos faz sãos, que não aceita hipocrisia nem no corpo e nem no sangue.

Escrito por: Davi Rodrigues da Silva.
Colaboração: Luís Fernando Portella.

11/06/2014

Juventude que ousa lutar!


No ano de 2013, muitos olhares se voltaram para as juventudes. No meio eclesial, a Semana Missionária, a Jornada Mundial da Juventude e a Campanha da Fraternidade, foram alguns dos diversos eventos e processos que demonstraram o reconhecimento da Igreja de se contribuir para que os e as jovens tornem-se cada vez mais protagonistas na construção de outro mundo possível, baseado na solidariedade e justiça social para que todos e todas tenham vida digna em abundancia (cf. Jo 10,10).

No âmbito social, o ano foi marcado pelas as Jornadas de Lutas da Juventude Brasileira, que aconteceram em abril e que desembocaram na construção de uma plataforma política encabeçada por grande parte das organizações juvenis brasileiras e que tiveram seu ponto alto nas grandes marchas construídas naquele mês, além de uma audiência com a presidência da republica. Esta unidade marcava um momento importante na história das lutas juvenis brasileiras, pois era a primeira vez em mais de 10 anos que o governo federal recebia um grande grupo de organizações juvenis auto organizadas e com uma plataforma comum. Outro grande marco foi sanção do Estatuto da Juventude, conquista que reconhece a juventude como sujeito que precisa de políticas específicas, garantindo que anos de luta e reivindicações da juventude no nosso país se tornassem efetivamente politicas de Estado. Torna-se o marco legal mais importante da historia da juventude brasileira. 

Ainda sobre 2013, não podemos esquecer as manifestações populares de junho, protagonizadas em grande parte pela juventude, que inicialmente tiveram como pauta a tarifa de transporte publico na capital paulista, mas que tomou proporções gigantescas após a onda de violência policial para reprimir tais manifestações. Essas manifestações criaram uma grande efervescência popular no nosso país, no qual criou as condições para que de fato chegasse a hora de pautar, com mais força e adesão popular, o modelo de sociedade que temos e que queremos. Houve até mesmo uma fala do Papa Francisco, que disse em entrevista: "um jovem que não protesta, não me agrada". A juventude traz consigo inquietação e vontade, coragem e ousadia de mudanças profundas, quase genéticas.

O fato é que essa revolta causada pela repressão da PM foi aproveitada pela juventude como uma grande oportunidade de demonstrar o quão insatisfeita está com a realidade e a desigualdade social brasileira e pautar as melhorias e garantias de direitos básicos necessários como educação, saúde, transporte, moradia, lazer, cultura e segurança. Dentre as reivindicações feitas, um tema recorrente foi a reforma do sistema político e eleitoral. As manifestações eram contra a corrupção, por transparência, por mais participação popular nas decisões importantes para o país. Demonstrou o quanto o sistema político atual não atende e não representa essas juventudes, nem tampouco a maioria dos/as brasileiros/as.

Outro fato importante é que as Pastorais Sociais da CNBB e vários movimentos sociais construíram a 5a Semana Social Brasileira (SSB) que trouxe a discussão "O Estado para que e para quem?" e reforçou que a estrutura de Estado que temos continua conservadora e não está a serviço da sociedade, sobretudo dos mais pobres. Mais do que discutir o Estado, a 5a SSB se propôs a discutir a sociedade, acreditando em sua organização e força política para propor o Estado que queremos, que precisa ser democrático de fato, e essa democracia é mais que votar e ser votado como demonstrou a insatisfação das ruas. Acreditamos em uma sociedade e, consequentemente, num Estado em que todos e todas tenham voz, vez e lugar, para que estejamos em conformidade com que Jesus afirma: "Eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude." (cf. Jo 10,10).

Não há duvidas de que para garantir que a juventude seja protagonista da própria vida e na sociedade, se faz necessária uma mudança estrutural. As estruturas que temos não atendem mais ao ideário democrático, nem tampouco solidário e justo ao qual temos tanto orgulho de afirmar que nossa sociedade se baseia. Como diz a música: "é hora de transformar o que não dá mais”. É hora de tomar conta dessa reflexão, nos grupos de jovens, no trabalho, nos bairros e nas famílias. É hora de mobilizar a juventude outra vez, agora não somente com cartazes, mas com faixas, com bandeiras diversas, em comunhão, pois somos muitos, mas “sozinho e isolado, ninguém é capaz”.

É por isso que este ano, várias organizações tem se organizado para lutar por essa causa. Agora, com a experiência do que foram as manifestações de junho, em 2013, temos a possibilidade de construir essa unidade popular, para que as lutas sejam fortalecidas. Já existem muitas iniciativas importantes sendo disseminadas. Dentre elas, é muito importante citar a Coalizão pela Reforma Política, capitaneada pela CNBB3 e OAB4 e que reúne ainda outras organizações e parlamentares que desejam transformação social e que entendem que o primeiro passo é rever o sistema eleitoral e o financiamento de campanhas.

“Na cola” dessas mobilizações temos a Semana da Cidadania5 de 2014, atividade proposta pelas Pastorais da Juventude do Brasil, organização de jovens ligados à CNBB e escolheu este ano o tema da Reforma Política para a discussão. É importante que as juventudes dos grupos de jovens se sintam parte das decisões políticas e sociais e de fato envolvidas nos processos democráticos. É por acreditarem nos e nas jovens protagonistas, sujeitos da ação, construtores e construtoras de um outro mundo possível e necessário, que as PJs apontam várias ações concretas, que tem apoio da CNBB, e fazem parte da discussão atual da sociedade brasileira.

Outra grande possibilidade de mobilização é o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político6 que está sendo construído por mais de 100 (cem) movimentos sociais, sindicatos, igrejas e ONGs. O objetivo do plebiscito é de organizar uma grande consulta popular, na semana da pátria, onde o povo brasileiro dirá sim ou não a uma Constituinte Exclusiva e Soberana, composta por cidadãos e cidadãs exclusivamente para mudar o sistema político, e não pelo Congresso Nacional7. Para além da própria consulta que se efetivará no voto, temos a oportunidade de mobilizar todos e todas no debate do tema, aproveitando o sentido pedagógico do trabalho de base, da reflexão e da unidade de todos os envolvidos. Sabemos que o Plebiscito Popular não finda em si, ele é um meio de envolver de fato as pessoas, e assim as juventudes, no processo democrático, de dar-lhes voz, vez e lugar na sociedade. Buscar de fato uma estrutura política que represente e trabalhe em prol do povo, sobretudo os mais pobres é tarefa de todos e todas.

Sabemos que para essas mudanças houveram tentativas que para dar frutos, necessitavam de um interesse político e que hoje é quase inexistente. Poucos são os que têm interesse em realizar a Reforma do sistema político e eleitoral. É fácil perceber isso se observarmos os dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que mostram que dos 594 parlamentares eleitos em 2010, 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 73 da bancada evangélica e apenas 72 representam os interesses dos trabalhadores. As mulheres representam 9% dos 513 deputados e 12,3% dos 81 senadores. Se observarmos as juventudes, são 40% do eleitorado, mas, 3% apenas no Congresso Nacional. E, que ainda assim, não defendem de fato os direitos dos mais pobres e excluídos, nem tampouco das juventudes. A política precisa ser mais acessível e menos excludente. E nós jovens queremos e devemos ser envolvidos e envolvidas nesses processos, afinal, nós não somos só o futuro, somos muito mais o presente desse país.

Não resta dúvida que o ano de 2014 será tão cheio quanto o anterior. Já tivemos a Jornada de Lutas da Juventude Brasileira que “botou o bloco na rua”, tendo como consequência, inclusive, uma reunião com a presidência da republica. Lá foram apresentadas as pautas que foram construídas coletivamente em todo o país. Mas sabemos que somente isso não resolverá nossos problemas. Sabemos que o diálogo é necessário, mas a pressão popular torna-se obrigatória quando não há mudanças. O nosso desejo de transformação não pode ceder espaço para a boa vontade de alguns. Esta precisa ser somada ao nosso sonho. Somente o povo organizado e unido dará as condições para as mudanças que queremos!

Essa é, sem medo de errar, a tarefa das juventudes brasileiras: contribuir na construção de uma frente popular que garanta as mudanças necessárias, que ouse lutar e sonhar e que avance na construção do Projeto Popular para o Brasil!


1Laísa Silva é estudante de Psicologia pela UFMG e estagiária no Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Direitos Humanos do Ministério Público de MG. É Articuladora da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belo Horizonte e foi Secretária do Serviço Regional de Evangelização das Juventudes do Leste 2 da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo) no período de 2013 a 2014. Contato: laisa.silva7@yahoo.com.br

2Thiesco Crisóstomo é bacharel em Sistemas de Informação pela UFPA e estudante de Ciências Sociais pela UNIFESSPA. Foi Secretário Nacional da Pastoral da Juventude no período de 2011 a 2013. É membro na Ampliada Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), pelo Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá). Contato: thiesco@gmail.com

3 Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil: www.cnbb.org.br

4 Ordem dos Advogados do Brasil: www.oab.org.br

5 A Semana da Cidadania (SdC) faz parte das Atividades permanentes das Pastorais da Juventude do Brasil. A SdC acontece todo ano na semana de 14 a 21 de abril. Este ano o tema da SdC é “Juventudes na luta pela Reforma Política” e o lema “É hora de transformar o que não dá mais”.

6 Visite a página do Plebiscito: www.plebiscitoconstituinte.org.br

7 Cartilha Plebiscito por um novo Sistema Político, pág. 1.



Autor/Fonte: Laísa Silva e Thiesco Crisóstomo - No site do Plebiscito pela Constituinte
Retirado: www.pj.org.br em 11/06/2014.

07/06/2014

Nós acreditamos no Amor!


Queridos (as) internautas Jovens: “Nós acreditamos no Amor” (1 Jo.4,16) É com alegria, esperança e um olhar para o futuro, (possível para os que vivemos a Fé), que apresento aos que navegam no universo virtual o blog renovado da Pastoral Juventude da jovem e querida Arquidiocese de Passo Fundo. Este instrumento, tão precioso e difuso nos tempos de hoje quer ser um dos instrumentos que nos ajudam a construir a “Cultura do encontro” tão desejada pelo Papa Francisco ! Este novo blog quer ser então, mais um meio de criar pontes, de comunicar o Bem, o Amor e a Paz enfim..., tudo o que o Evangelho de Jesus Cristo anuncia. Ainda ressoa em nossos ouvidos as palavras contundentes do Papa Francisco aos jovens no Rio de Janeiro: “Jovens, não tenham medo de serem santos ! Saiam do conforto de suas Comunidades e vão com destemor levar o Evangelho e o abraço da Paz a quem espera descobrir o Amor... Arrisquem, usem de seu vigor e criatividade... Prefiro uma Igreja que tem seus tropeços por tentar expandir o Reino, do que uma Comunidade que vive a rotina da acomodação ou do medo”... Que a PJ possa contribuir através deste blog com as demais juventudes da nossa Igreja Particular de Passo Fundo, a fim de que possam ser especialmente motivadas a continuar a experiência única que foi para todos a Jornada Mundial da Juventude acontecida no Rio de Janeiro em Julho do ano passado ! Recebam meu abraço cordial, terno e paterno que quer ser portador da minha oração bênção pela realização e felicidade de todos e de cada um que foi chamado a ser bom cristão e honesto cidadão ! Em Cristo e no desejo de servir,
+ Antonio Carlos Altieri, SDB 
Arcebispo Metropolitano de Passo Fundo

04/06/2014

Sinais de esperança na formação de animadores e coordenadores!


Para iniciar este relato, faço uso das palavras do querido Irmão Carlos Eurípedes Honório Filho, Marista: “Foi realizado, nos dias 31 de maio e 01 de junho, a 1ª Escola de Animadores e Coordenadores da Pastoral da Juventude. Este encontro e outros que ainda acontecerão durante o ano estão em sintonia com a 11ª Assembleia Arquidiocesana da PJ, realizada no ano passado e ainda com o ano da Juventude, em nossa Arquidiocese. O encontro aconteceu no Instituto Marcelino Champagnat. Estiveram presente cerca de 40 jovens que ajudam em diversas comunidades de Passo Fundo e região. O tema do encontro foi sobre a Identidade Juvenil e também da PJ, ligada com a musicalidade e as suas diversas formas de se trabalhar. Dois jovens, deram sua contribuição neste trabalho: o Lucinei de Chapecó e o Ricieri, que atualmente mora em Erechim e é Liberado da Diocese. Dentro do encontro aconteceram muitas partilhas e dinâmicas, afim de que cada jovem pudesse levar estas experiências aos seus grupos de base. Aqui estendemos o convite para que não deixemos de participar destes espaços formativos e de convivências que nos ajudam na busca de uma Igreja JOVEM. Que São Marcelino Champagnat, apóstolo da juventude, nos ilumine nesta caminhada tão significativa na construção do reino de Deus.”

O objetivo desta Escola, que acontecerá em duas etapas, é proporcionar a formação e capacitação dos jovens animadores e coordenadores da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo, visando a sua atuação junto aos grupos de base. Para isso os jovens Lucinei Rodrigo Bohn, da PJ de Chapecó, e o Ricieri Benedetti, da PJ de Erexim, se prepararam e trouxeram novidades para a animação e elementos críticos para a percepção da Identidade da PJ. Tendo convivido conosco no último final de semana, Lucinei se manifestou dizendo ter se sentido entre: “amigos e amigas jovens, comprometidos com a proposta do Reino, em construir de forma fraterna e solidária uma igreja jovem e para o/a jovem, fortemente alicerçados na Civilização do Amor.”

O jovem Daniel Pagotto, do grupo DDD – Doidinhos de Deus de Santo Antônio do Palma, se comprometeu ainda mais: “No 1º encontro de animadores e coordenadores, pude perceber qual é a minha verdadeira identidade, através da musica, da dança, do aconchego de cada um e cada uma, e principalmente pela paz interior que eu sentia em estar presente neste momento. É através destes que terei mais forças e empenho perante meu grupo para que os integrantes do mesmo possam se sentir como eu me senti neste encontro. PJ eu acredito na civilização do amor.”

Já para Luiz Henrique Kooper, do grupo JUC – Jovens Unidos em Cristo de Carazinho: "O encontro foi bom pois nos convidou a perceber o todo e não partes da identidade da PJ. Para mim não existe identidade definida, mas sim características e sonhos que se congregam e nos conduzem a viver em grupo."

“A 1ª Escola de Animadores e Coordenadores da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo aconteceu somente há alguns dias, mas posso afirmar que é uma marca das mais fortes dentre todos os momentos que vivi na PJ, com a PJ ou através da PJ. Repasso em memória, ansioso por revirar a ordem do tempo, os sentimentos de cada momento, a alegria que é despertada pela lembrança do rosto de cada uma das pessoas queridas que partilharam desses dias de formação, e sinto mais uma vez que experiências como essa não têm paralelo. Há coisas na vida que podem somente ser vividas, das quais falar sobre seria mera tentativa de reproduzir o irreproduzível. É preciso senti-las. E é isso que resume esse encontro. Sentir-se, sentir o outro, sentir o anseio de transformar tudo o que se viveu em novos caminhos para os grupos de base e para a própria PJ. Essa foi a força maior que esse encontro teve sobre mim, e pela sintonia entre todos os pejoteiros que lá estavam, arrisco a dizer que em todos eles também. Disso vem a certeza da nossa força de grupo, do desejo de sermos sal e luz, de sermos sinal de mudança através do amor e do serviço. Exalamos utopia, mas sentimos muito bem a textura e o cheiro da terra que vai sob nossos pés. Fizemos memória e assumimos compromisso com nossas lutas, principalmente com a maior delas: a luta pela vida da juventude. Salve Pastoral da Juventude, família de famílias, comunidade de comunidades.” Isto é o que nos revela Luís Fernando Portella, jovem atuante no grupo Jusca – Jovens Unidos Seguindo a Cristo de Marau.

Acredito que o Grupo de Acompanhantes e os Animadores que coordenaram a realização desta Escola, bem como a nossa estimada liberada Mariane Kaufmann, se sentem satisfeitos pela etapa que proporcionou o crescimento e o fortalecimento de jovens comprometidos com os seus grupos de base. Agora aos jovens participantes se tem a missão de atuar nos grupos, e aos coordenadores deste processo formativo preparar com carinho a próxima etapa. Vamos juntos construir o Reino!!!


Fabiane Cristina Feltes
Pelo Grupo de Acompanhantes

31/05/2014

Revitalização do Blog da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo




Comunicação a Serviço da Evangelização


Comunicar-se é um dom que a humanidade tem, afinal de contas é ela, a comunicação que nos permite ser humanos, ela é o meio que nos une, entre irmãos e até mesmo entre os tempos. Afinal de contas tenhamos nós a idade que temos, somos carregados de um saber coletivo, desde coisas simples como o nosso falar, vestir, e até mesmo rezar e conhecer o Evangelho.

Assim como em tudo que é humano, a comunicação também vai se transformando, e cabe a nós estarmos atentos a esses sinais e neles sermos presença.
Diante dessa realidade a Igreja todo ano se propõe a discutir o tema, e para isso estabeleceu desde o ano de 1967 o dia mundial das comunicações sociais, que ocorre sempre no domingo da festa da Ascenção do Senhor. Sendo então, que para essa data o Papa sempre escreve uma mensagem, que serve como um tema gerador de ações e reflexões.

Para esse ano, Papa Francisco escreve sobre «Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro», provocando um olhar responsável, missionário e cristão, mas sobre tudo chamando-nos a sermos sempre coerentes e comunicarmos o que vivemos, e não vivermos para comunicar.
Para isso ressalta a importância do encontro na vida cristã, e do cuidado humano. E ao falar do meio que nos aproxima, o papa faz referencia a parábola do Bom Samaritano e diz: “o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. ”
Em outro momento o Bispo de Roma, com seu espírito missionário e encorajador nos motiva a entrarmos na missão também pelos meios de comunicação dizendo: “O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade (credibilidade) dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.” ... “Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. ”

Diante disso a Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Passo Fundo disposta a ser uma Igreja que sai às ruas e que não quer adoecer em torno de si, nesse dia 1º de Junho lança a nova atualização do seu blog, que vem se somar com o nosso já tradicional Jornal Presença Jovem, com os programas de rádio, e com as páginas nas redes sociais.
Assim sonhamos que este blog, seja um espaço de encontro e diálogo, afim de fortalecermos nossas ações, e podermos em algum aspecto nos encontrarmos com mais juventudes. Sem é claro ter a pretensão de substituir o calor de um abraço, do sorriso amigo, de uma conversa “olho no olho” que só a relação pessoal pode oferecer.
Veja o que muitos jovens já falaram sobre o tema, encontro:

"Encontro é olhar nos olhos, perceber a esperança, sentir o aconchego da acolhida, é ser com o outro mais do que se pode ser só, é estabelecer compromisso com o cuidado da vida." - Fabiane Cristina Feltes;

“Meus amados amigos da PJ da Arquidiocese de Passo Fundo, com muito gosto quero partilhar com vocês o que é encontro pra mim?
Bom na minha visão encontro é o estar junto, se encontrar, querer estar com quem a gente gosta, partilhar experiências, conversar, fazer brincadeiras, discutir a realidade, é estar à vontade conviver, participar! Sendo assim um bonito exemplo de encontro são os nossos encontros dos grupos de base verdadeiro significado de encontro e acolhida.
O valor de um encontro é o infinito amor e dedicação por uma causa. ” - Mariane Kaufamann;

“ Encontro é o espaço de exercitar o gesto de cativar. Cativar é criar laços, o encontro propicia o exercício de construir relações cativantes por isso é o ato de exercitar o cativar. O encontro é um sentimento de saudade prazerosa, pois, nos faz querer estar novamente em estado de relação. É um querer recriar laços e recriando, reinventa-los, pois, cada encontro é único. O encontro é como a missa, nunca se repete. Por isso é mistério, é sagrado. É manifestação de Deus na vida dos encontrantes. " - Pe. Leandro de Mello;

“Encontro é um momento não só de reflexão mas de união e amor. ” - Ariely Suptitz;

“Encontro para mim é estarmos em convivência com Pej@terios e amig@s. ” - Jean Santos;

“Encontro é cruzar os rios que nos separam. ” - Luís Fernando Portela;

“Encontro é o cultivo da amizade e da esperança, construindo, com o outro, a própria identidade. ” - Josieli Lazzarotto;

“É uma união que gera transformação... ” - Gio Guerra;

“Encontro é reencontro, é viver a verdadeira Bethânia e a renovação do eu. ”- Débora Sotille;

“Encontro é o momento de compartilhar a vida! ” - Tiago Bordin;

“Encontro é unir vários corações em um só! ” - Tamara Miranda;

“Encontro é o lugar das amizades verdadeiras, das experiencias boas, dos conselhos admiráveis, de pensar em nós mesmos, é cuidar um dos outros e exercer o amor de cada um. ” - Graziele Dos Santos;

“Encontro é partilhar experiência, opiniões, alegrias e tristesas, é estar junto de pessoas que gostamos e amamos. ” - Maria Fernanda Kemmerich;

“Encontro é estar disposto a se envolver com a realidade. É estar junto com amigos para partilhar um pouco do seu dia-a-dia e também estar disposto a cativar novas amizades. É aprender a conviver com as diferenças. ” - Letícia Romani Tomazi;

“Encontro é a renovação do meu eu com o seu, estar disposto com a vida da juventude. ” - Eduardo Felini;

“Para mim, ENCONTRO é o lugar onde nos tornamos gente, espaço que nos humaniza. Pensando na lógica que não nascemos prontos e que vamos nos construindo e nos tornando pessoa a cada dia, a cada experiência, a cada descoberta, o ENCONTRO é que possibilita isso. Nele, nos olhamos, nos tocamos, sorrimos, choramos, exercemos a linguagem, protagonizamos história, nos desconstruímos para edificar tantas novas verdades e, assim, vamos formando nossa identidade. O ENCONTRO é tão importante pois através dele podemos sentir o amor, falar do amor, viver amor. O ENCONTRO é o que me fez e no qual vocês se fizeram. Inclusive a PASTORAL DA JUVENTUDE dele depende sua existência. ” - Raphael Alves Casaldáliga;

“Encontro é doação, é perceber que não somos nada sozinhos. ”- Taíse Telles;

“Encontro é partilha, momento de renovação, momento onde mostramos que estamos na luta pela Civilização do Amor. ” - Júlia Fontana;

“Pra mim encontro é a própria partilha de vida, troca de saberes, conhecer o outro e não só a si mesmo e dos encontros, os mais marcantes são aqueles com pessoas que a gente não conhece, e por meio do próprio encontro descobrir afinidades entre si que nos fazem viver novas emoções e experiências das quais nos cativam, e esses são os encontros da PJ nos cativam, nos fazem refletir, pensar, viver pjotando para construir a civilização do amor. ” - Janquiel Sinhorini;

“Encontro é quando nosso EU-VERDADEIRO, sem máscaras, se dá ao EU-VERDADEIRO do outro, vice-versa! ” - Gustavo Ribeiro;

#ENCONTRO é vida, partilha, reencontro, inovações, aprendizado, acolhida, "semente germinadora", é a troca de ideias, de saberes. Visão de semblantes preocupados com o futuro da nação. Momento de pensar, refletir e construir um novo reino, o reino da fé, da justiça e do amor. ” - Sandra F. Bianchi;

“Partilha, amigos, família, missão, construção do reino, utopias. ” - Jéssica Foletto Pereira;

“Encontro... Encontrar-se com o outro, encontrar-se no outro... troca de vivências e experiências, partilha de emoções, sentimentos e histórias, encontrar, refletir, acreditar, sonhar e procurar o melhor meio de agir... Mudar, transformar, viver... Amar... ” - Andressa de Paula;

“ENCONTRO - Partilha, vida, amigos, família... Momento de renovação da fé! ” - Deise Pagotto;

“Encontro é partilhar, dar e receber conselhos, estar junto de pessoas que gostamos e compartilhar experiências. ” - Guilherme Palinski;

“ENCONTRO --- é soma, multiplicação... juntar... sei lá encontro pra mim é isso somar sorrisos... multiplicar carinhos... juntar emoções e acima de tudo deixar um pouco de si e levar um pouco do outro... encontro é troca... ” - Ana Diersmann;

“ENCONTRO - é troca de experiências, onde se passa e recebe conhecimento, estar junto de pessoas que gostamos. ” - Ricardo Bianchi Gatto;

“ENCONTRO é quando duas ou mais pessoas deixam de lado as superficialidades da vida, o seu próprio ego, para dialogar algo construtivo, verdadeiro com o outro, algo que promova a vida e vá além do secundário, no ESSENCIAL. Pode ser um encontro consigo mesmo, mas melhor ainda é o encontro Verdadeiro com os outros. ” - Fábio Mattes de Freitas;

“ENCONTRO é se dispor a crescer juntos! ” - Leonardo F. Stoch;

“ENCONTRO é ter a oportunidade de partilhar o testemunho e aprender com o testemunho do outr@. ” - Matheus Fernandes da Silva;

“Encontro é um momento de diálogo, fé, amor, onde nos unimos com os amigos para renovação e reflexão. ” - Maria Queiroz;

“Encontro é quando duas coisas que achavam que eram duas coisas descobrem que são uma só. ”- William Da Luz;

“Encontro é permitir-se. É deixar um pouco de si e levar um pouco do outro. ” - Davi Rodrigues da Silva;

"Encontro é símbolo de vida, renovação, compromisso e amor. Do encontro da terra com a semente nascem flores, frutos e novas sementes. Do encontro entre pessoas nascem amizades, relacionamentos, sonhos, projetos. Do encontro consigo mesmo nasce uma identidade que é revelada na forma como você se encontra." - Eduardo Nischespois Scorsatto;

“Pra mim, encontro é viver a civilização do amor, viver como irmãos, não só de nome ou palavra, mas irmãos de verdade. ” - Kenia Cenci;

“Pra mim encontro é partilha... partilha de vida, de sonhos, de projetos, de alternativas, de caminhos... é viver, sonhar e construir juntos. ” - Pe. Renato Estevão Biasi;

“Encontro é possibilitar o despojamento de si, sair de si, a dinâmica da vida é um encontro constante. ” - Junior Centenaro;

"Encontro é achar aquilo que se procurava, é como voltar-se diante de um espelho e nele enxergar o além. O além do seu corpo e de sua imagem, mas encontrar-se ao passado, seus pensamentos, seus sonhos, suas partilhas. Encontro vem ser a junção, a soma. Encontro é a água que se torna vinho. " - Andresa Piccinin;
"Encontro é a necessidade de COMUNHÃO com o outro; é tomar consciência da incompletude causada pelo egoísmo, e dar o passo em busca do outro..." - Pablo Cechinato de Lima;

"Encontro pra mim, é um momento onde nos reunimos para dialogar, partilhar, trocando ideias, ensinando e aprendendo um com o outro. " - Artur Chais;

"Encontro pra mim é o lugar onde se reunimos com amigos, para compartilhar um pouco de nossa fé. É onde nos sentimos acolhidos, onde encontramos pessoas que compartilham da mesma crença que a gente. Encontro é o lugar que renovamos nossa fé e esperança." - Tainá Binelo;

"Encontro.... é conhecer o novo, desafiar-se, aprendizado e ensinamento, partilhas.. também faz arder nosso coração em rever os amigos, a ansiedade aumenta quando o dia vai se aproximando, cada novo encontro é momento único, especial e essencial para o crescimento e fortalecimento na caminhada..." - Dani Pras;

"Encontro é um movimento de vai-e-vem de sonhos e utopias, de jeitos e personalidades, de alegrias e tristezas trocadas no mais perfeito contato com o outro. No mais puro querer amar, no mais profundo desejo de ser man@s..." - Cleber Pagliochi;

"Encontro é a união de vontades, de sonhos e desejos e caminhar juntos neste rumo e construção." - Daniel Feltes;

"Encontro pra mim, é onde vamos compartilhar nossa fé, onde vamos reencontrar amigos, fazer novas amizades,aprender um com o outro." - Alexia Pimentel;

"Encontro é um momento de partilha de vida e de experiências, momento de união e fé. É no encontro que transmitimos nosso amor e cuidado com o próximo." - Edi Pol;

"Encontro, momento de rever amigos, momento de partilhar a vida, reviver emoções, de estar junto de quem se ama!!" - Leila Mazetto Bender;

"Encontro é releitura, é encontrar na vivência alheia a mística do significado de sua própria... é deixar de ser você para ser nós. É construir, conviver e compartilhar... é pôr fogo nas emoções... é aconchego, carinho e amor..." - Daniel Narciso Zuglianello;

"Encontro e rever amigos compartilhar momentos e conviver ..." - Thayani Costa Alves;

"Encontro é encontrar dentro de si e dos outros força pra alcançar suas potencialidades , evoluir como ser humano , como pessoa .É dar um abraço , um aconchego sem razão ,sem nada em troca .Encontro , é multiplicar a sua luz em diversos corações, não por comodidade ou obrigação , mas por amor , esse amor tão puro , que só " encontramos " na Pastoral da Juventude" - Diouany Pithan;

"Encontro é poder ser você mesmo sem medo, é sentir-se acolhido, é a renovação é a partilha do amor e da fé." - Laura Barizon;

"Encontro é união, reflexão... é o momento de compartilharmos nossas experiências, nossos sonhos. nossas angústias e nossas alegrias!"- Luana Bageston;

"Encontro é acolhimento dos Irmãos." - Bento Santos;

"Encontro é discutir novas ideias,é viver o sonho do próximo,é acreditar sempre num futuro melhor,ou seja,é aprender a conviver com os outros em paz!" - Rudimar Formagini Ghisleri.